A campanha Janeiro Roxo tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a prevenção à hanseníase. É iniciativa do Ministério da Saúde com o apoio de entidades como as Sociedades Brasileiras de Dermatologia e de Hansenologia. No Brasil, cerca de 30 mil novos casos da doença são detectados todos os anos, o que é um dado alarmante.
A hanseníase é uma doença crônica e transmissível, causada por uma bactéria que se multiplica lentamente, levando a sintomas que podem demorar de 9 meses após a contaminação e em outros casos até 20 anos para aparecer. Entre as sequelas mais comuns da doença estão deformidades nas mãos e nos pés e até perda de visão.
A Secretaria Municipal da Saúde aderiu à campanha e realizará uma série de ações voltadas ao tema. Todas as atividades visam a promoção e educação em saúde. A Secretária responsável pela pasta, Sabrina Loureiro, informa que serão distribuídos materiais informativos como folders, flyers, cartazes, etc. Além de realizados encontros de capacitação com os profissionais que atuam na Atenção Básica em Saúde da Rede Municipal.
Os principais sintomas da hanseníase são: manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil, sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros, perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração, inchaço e dor nas mãos, pés e articulações, dor e espessamento nos nervos periféricos, redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés, caroços no corpo, pele seca, olhos ressecados, feridas, sangramento e ressecamento no nariz, febre e mal-estar geral.
A doença tem cura e em São Borja existe o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) que realiza atendimento aos casos de hanseníase e faz o acompanhamento e tratamento de forma totalmente gratuita pelo SUS. Além disso, em caso de diagnóstico confirmado para hanseníase, as pessoas com as quais se mantém contato próximo e regular (familiares, amigos, colegas de trabalho) também devem ir ao médico para serem examinadas.
O enfermeiro coordenador do SAE, Glauber Marques, alerta para que as pessoas que apresentarem um ou mais sintomas procurem ajuda médica através das unidades de saúde dos bairros (ESFs). “Buscar o posto de saúde mais próximo de sua casa ou o atendimento do SAE podem ajudar. Nesses locais, é possível fazer exames e receber orientações de como se tratar. É extremamente importante procurar atendimento médico pois, embora hajam exames complementares como biópisia, o diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico, ou seja, feito pelo profissional de saúde. Todos os exames e o tratamento estão disponíveis gratuitamente na Rede Municipal de Saúde”, destaca o enfermeiro.
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