Uma comitiva de São Borja, liderada pelo prefeito Eduardo Bonotto, foi ao Uruguai esta semana, para conhecer ações desenvolvidas pela empresa DYN Investiment Group, que tem como meta implementar uma nova alternativa logística de exploração da navegabilidade do Rio Uruguai.
A delegação são-borjense também contou com o vice-prefeito Roque Feltrin, outros representantes da Administração Municipal e lideranças do empresariado.
O roteiro de contatos e avaliações começou pela cidade de Salto, onde a companhia uruguaia já desenvolve operações no mesmo setor. Depois, as agendas foram cumpridas em Montevidéu. Na capital do Uruguai, a delegação são-borjense conheceu a Zona de Processamento de Exportações (ZPE).
Em Montevidéu a comitiva também conheceu as estruturas do Porto, acompanhados de representantes da DYN e da TGM. Além disso, a delegação esteve em reunião com o vice-presidente da Zonamerica, Isidro Hodara. Trata-se de uma empresa multinacional especializada no desenho e criação de plataformas empresariais de alta complexidade, como parques de negócios e tecnologia.
Há algumas semanas, a DYN esteve em São Borja, apresentando a sua proposta de investimentos às autoridades locais e da região. O presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de São Borja (ACISB), Neroney Cargning, que integrou a comitiva, explica que o custo logístico de exportação poderia ser reduzido a menos da metade com o transporte de grãos pelas balsas com foco na soja, milho e arroz.
Feltrin completa: “Deveremos ter, na prática, ganhos significativos econômicos e de tempo, consolidando os reais objetivos do Mercosul, especialmente na ligação entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.”
O Prefeito Bonotto ressalta que as tratativas estão bastante adiantadas. Ele explica que a ideia “é no sentido de implementar uma roda multimodal, a partir do núcleo de Salto, que inclui um porto de balsas, um porco seco, uma integração de free shops e um depósito aduaneiro”. Bonotto acha que São Borja tem grandes chances de integrar o complexo de serviços logísticos, considerando a sua experiência exemplar na Ponte da Integração.
O prefeito refere-se ao modal pioneiro na América Latina de um Centro Unificado de Fronteira (CUF) na ponte internacional. “Esse diferencial nos garante simplificação burocrática e maior agilidade de habilitação alfandegária”, explica. Eduardo Bonotto observa que, atualmente, a Ponte da Integração já responde pelo fluxo de 30% do intercâmbio Brasil-Argentina. “A perspectiva é de ampliação dessa movimentação de negócios e, além disso, ampliação do leque da integração e intercâmbio com os demais países do Mercosul”, destaca.
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