São Luiz Gonzaga decreta situação de emergência em decorrência da estiagem

Após a análise de informações encaminhadas por entidades e empresas do município e o parecer favorável da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, a Prefeitura de São Luiz Gonzaga publicou na manhã de hoje, 13 de janeiro, o decreto nº 6.889/2023, o qual declara situação de emergência nas áreas do município. O ato de assinatura do documento pelo prefeito, Sidney Brondani, contou com a presença de representantes da Emater/RS – Ascar; Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Sindicato Rural; Secretaria Municipal de Agricultura; Secretaria Municipal de Obras; Defesa Civil Municipal e imprensa local.

Na ocasião, o chefe do Executivo são-luizense comentou sobre a publicação. “Infelizmente, tivemos que decretar, pelo segundo ano, situação de emergência em nosso município devido à estiagem. Essa situação traz enormes prejuízos aos nossos produtores e criadores, afetando também o abastecimento de água, o que é essencial para a nossa vida. Financeiramente, as perdas estimadas superam R$ 230 milhões, e tendem a piorar. Sabemos dos riscos que acompanham esse decreto de emergência, mas hoje ele pode minimizar muitas questões que afetam os produtores. Seguimos rogando por chuvas mais regulares, abundantes e bem divididas, e aproveito para reforçar o apelo à população para que utilize a água potável de forma consciente, apenas para higiene e uso doméstico”, afirmou Brondani.

O decreto nº 6.889/2023 está disponível na íntegra por meio do link https://www.saoluizgonzaga.rs.gov.br/site/leis/100449-decl e tem validade de 180 dias (a contar de 13 de janeiro). Com a publicação, os dados levantados serão encaminhados para a Defesa Civil Estadual. O Governo do Rio Grande do Sul precisa reconhecer o decreto de situação de emergência em São Luiz Gonzaga. Após, o decreto será enviado para homologação em âmbito federal.

PERDAS – Conforme o relatório de estimativa de perdas realizado pelo grupo técnico das entidades agropecuária, os danos causados pela estiagem desde agosto de 2022 até janeiro de 2023, causaram um prejuízo estimado de R$ 232.443.820,00 (em atividades como milho irrigado, milho sequeiro, soja, bovinos de leite, bovinos de corte, alfafa, milho silagem e olericultura). O relatório também estima perdas de 70% na produção de culturas de subsistência (autoconsumo), as quais têm se agravando sem a ocorrência de chuvas.

A estiagem também tem afetado o abastecimento de água em bairros da cidade e localidades no interior do município. Associado ao aumento no consumo, tem resultado na oscilação do abastecimento e na necessidade de substituição de equipamentos, como bombas de água. Conforme o relatório da Secretaria de Obras e Viação (SEMOV), até o momento, R$ 98.653,94 foram investidos para auxiliar as famílias a terem acesso à água potável. A Administração Municipal também investiu R$ 60.481,18 em auxílio com água para a agropecuária.

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