Poesia: Comentei com alguns amigos que estava para sair poesia nova. O espírito poético me inquietava. E quando finalmente saiu a inspiração temática, fiz. Para mim, para você, a poesia...
CORAÇÃO DE GALINHA
Houve um tempo há pouco tempo, celular não existia.
Conversar - rodar o mate - era muito mais frequente.
Foi num destes ambientes que disseram pra um menino:
- Para você, pequenino, vou assar algo especial!
É o coração de uma ave criada nos cativeiros.
Noutros tempos a galinha só se via nos terreiros.
Foi depois, já degustado, a pergunta formulada.
- Papai! Por que é tão bom o coração de galinha?
Respondeu, pondo farinha, no pratinho do inocente:
- São importantes pra gente! Põe os ovos, um por dia!
Quando choca, se arrepia; cria os pintos, cuidadosa.
E por ser boa a galinha, a sua carne é gostosa.
Como águas passageiras, segue a vida compassada.
Este filho, agora pai, tinha urbano laborar.
Mantinha, em seu novo lar, modernismos e bazares.
Internet, celulares, num consumismo selvagem.
Neste andar da carruagem, de criador esmerado,
dois empregos – longas horas – em casa sempre cansado.
E doutra vez, sem escola, levou o filho aos avós.
Na mochila um videogame, dois ipad e um robô.
Lá no sítio do vovô: - Poderiam lo cuidar?
E à noite, tem jantar? Um churrasquinho talvez?
Foi assim que se refez, numa tarde em calmaria,
O ritual para o preparo desta simples iguaria.
O vovô foi explicando ao netinho que ajudava:
- Corte a ponta de gordura do coração da galinha.
Antes do sal de cozinha ponha as ervas e azeite.
Alguns adicionam leite, porém tudo é complemento...
Pediu vez, neste momento: - Mas por que ele é tão bom?
Entre as carnes de segunda não se inclui o coração?
No terreiro, um carijó, pediu milho em cantorias.
E as galinhas se juntaram cacarejando em coretos.
Aprendeu lascar gravetos, fez o fogo e coisas mais.
À noite, já com seus pais, uniram-se gerações.
E o piazito viu lições, naquela simplicidade,
vislumbrando fantasias – mais amor e liberdade.
Retornando para casa – no silêncio - adormeceu.
Foi na cama, em oração, o pai ouviu, comovido:
- Deus! Atenda meu pedido! Que termine este castigo
de não ter os pais comigo. De senti-los a meu lado!
Disse ainda, emocionado: doava tudo que tinha
para a vida ter sabor... de um coração de galinha!
Lar de idosos: Sobrecarregado? Disse o amigo Davi Tejkoski. Ao precisares de um favor, melhor pedir para pessoas ocupadas, pois estas vão arrumar um tempinho para te ajudar. Os que pouco ou nada fazem geralmente nunca tem tempo.
Recebi convite para participar de uma chapa para diretoria. De imediato pensei comigo: Tenho trabalho e família, sou coordenador cultural do GDF Os Farroupilhas e da Etnia Alemã, membro do Conselho Fiscal da Academia de Letras, etc... O convite veio do amigo e colega tenente Luiz Rogério S. Mousquer. Quebrei o silêncio perguntando: - Em qual diretoria, Mousquer?
- Estamos pleiteando a presidência do Lar Isabel Oliveira Rodrigues e queria contar contigo...
Não se recusa um pedido nobre assim. Hei de conseguir um tempo para também colaborar, local onde a maioria está excluída da sociedade, desassistida pela família. O mais das vezes, o Lar é ao mesmo tempo morada e prisão. Sim! Prisão porque, salvo excessões, sozinho não pode sair, e falta-lhes companhia para conduzi-los além do portal. Aceito sim, meu amigo!
Leite: O governador do RS sancionou, em 6 Jan, lei que permite maior fiscalização e controle em toda a cadeia leiteira, coibindo novas fraudes e adulterações no leite. Ato importante, lembrando ser o leite o segundo alimento mais nutritivo da cadeia alimentar humana, perdendo apenas para o ovo. O terceiro alimento é a batatinha inglesa, que teve origem dos Andes, foi para a Europa e de lá retornou às Américas.
Reflexão: O que não me acrescenta, nenhuma falta me faz.
Humor: Eu pensava ser indeciso, mas já não estou muito certo disto.
Otávio Reichert - INTEGRANDO 09/01/2015
Otávio Reichert - INTEGRANDO 29/12/2015
Otávio Reichert - INTEGRANDO Origem do Natal
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Otávio Reichert - INTEGRANDO - Noel Guarany