Manifestações de agricultores ganham força no Rio Grande do Sul: Tratoraço SOS Agro em Santo Ângelo

Na tarde desta terça-feira (13), agricultores de Santo Ângelo, Vitória das Missões, Entre-Ijuís, Eugênio de Castro, São Miguel das Missões e outras cidades vizinhas se uniram em uma grande manifestação ao longo da RS-344, próximo ao acesso da Fenamilho. O protesto é parte do movimento SOS RS, que tem mobilizado mais de 100 municípios no Estado do Rio Grande do Sul, em apoio aos produtores rurais que enfrentam graves dificuldades financeiras.

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A manifestação, que iniciou na segunda-feira (12), acontece em resposta à crise que tem assolado os gaúchos, agravada pela estiagem prolongada e pelas enxurradas que castigaram o estado entre abril e junho deste ano. Os agricultores, já endividados, agora enfrentam obstáculos ainda maiores para renegociar suas dívidas e acessar novos financiamentos agrícolas, especialmente no Pronaf para a safra 2024/2025.

O auge do protesto em Santo Ângelo foi um tratoraço, no qual tratores, carros e caminhões percorreram as principais ruas da cidade em busca de apoio de outros setores econômicos de Santo Ângelo. A mobilização começou no trevo da Fenamilho, na RS-344, passando pela Praça Pinheiro Machado, em seguida pela Rua Marquês de Herval. Os agricultores dirigiram-se às agências bancárias do Banco do Brasil, Banrisul e Bradesco, encerrando o ato em frente à nova agência do Sicredi, localizada na Antunes Ribas.

 

O movimento SOS RS 

O movimento SOS RS surgiu como uma resposta à falta de medidas eficazes por parte do Governo Federal para atender às principais reivindicações dos agricultores gaúchos. Entre as demandas estão o alongamento do prazo para pagamento das dívidas em até 15 anos, a implementação de juros subsidiados e a concessão de um período de carência de dois anos. Entretanto, o Decreto divulgado nesta terça-feira (13), pelo Governo Federal não contemplou essas exigências, gerando mais insatisfação e fortalecendo as mobilizações no Estado.

O tratoraço, além de simbolizar a resistência e a união dos agricultores, também serviu para alertar as autoridades sobre a gravidade da situação e a urgência de soluções eficazes para garantir a sobrevivência do setor agrícola no Rio Grande do Sul.

Os agricultores afirmam que novas ações de protesto serão realizadas nos próximos dias, caso suas reivindicações continuem sem resposta. O movimento, que inicialmente começou nas áreas rurais, tem ganhado força nas cidades, mobilizando diferentes setores da sociedade em defesa do campo gaúcho.

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