Emater/RS-Ascar realiza Dia de Campo voltado à cultura da soja em São Borja

09/04/2024 11:23

O Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de São Borja realizou, na quarta-feira (03/04), um Dia de Campo sobre a cultura da soja com o objetivo de compartilhar informações técnicas capazes de auxiliar os produtores no planejamento das propriedades e na tomada de decisões, possibilitando a melhoria no manejo das lavouras, a redução dos custos de produção, o aumento da produtividade e da renda com a cultura da soja. Assim como difundir tecnologias já validadas, a fim de que possam ser replicadas ou adaptadas à realidade de cada propriedade. Além de proporcionar aos participantes um momento para integração e troca de experiências. O evento aconteceu na Agropecuária Nossa Senhora de Fátima, propriedade da família de Valdir Angelo Cecchetto, e contou com a participação de 50 pessoas, entre produtores e representantes da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Banrisul, Sicredi e técnicos de empresas ligas ao setor.

A programação iniciou com apresentação do engenheiro agrônomo Adriano Neves, da Bayer, que abordou as biotecnologias e processos comerciais de soja, destacando a evolução tecnológica relacionada à produção de sementes com resistência ao ataque de insetos e a diversos herbicidas. Ele também detalhou o funcionamento da cobrança de royalties para essas tecnologias na aquisição de sementes, nas situações de sementes salvas pelo produtor para uso próprio ou no momento da entrega da produção.

Na segunda estação, o extensionista rural da Emater/RS-Ascar Clovis Roberto Schwengber demonstrou trabalho realizado o com uso de produtos biológicos no tratamento de sementes da soja, apresentou resultados obtidos com uso de três doses de inoculante Bradyrizobium mais uma de dose de Azospirillum, em comparação com a testemunha sem aplicação de Azospirillum. O extensionista também destacou trabalho realizado com densidade de plantas, tendo sido utilizado 10, 14 e 18 sementes por metro linear, assim como falou sobre as vantagens e desvantagens de cada uma das densidades utilizadas.

Na sequência, o assistente técnico estadual da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Elder Dal Prá, abordou a Tecnologia de Aplicação de Produtos Fitossanitários, destacando aspectos relacionados à necessidade de conhecimento do alvo a ser atingido (planta daninha, praga ou doença) para posterior definição do produto e melhor forma de aplicação. Através do simulador de deriva, Dal Prá fez demonstração de vários tipos de bicos de pulverização, destacando as características de cada um e sua finalidade, buscando melhor eficiência do produto utilizado e evitar problemas de deriva. No mesmo espaço, o extensionista rural da Emater/RS-Ascar Odacir Decol falou sobre o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), salientando a importância do seu uso para a redução do risco de intoxicação durante o manuseio ou aplicação de defensivos. Demonstrou como vestir e retirar o EPI e os cuidados para lavagem e manutenção do equipamento. Em seguida foi realizada a entrega de EPI para cada participante, disponibilizados pelos representantes da empresa Ihara.

Na quarta estação, os técnicos da Empresa C6Bio, Rodrigo Oliveira e Wilian Scherer, falaram sobre o uso e a importância da biotecnologia para a agricultura. Apresentaram o portfólio de produtos biológicos da empresa e finalizaram mostrando os resultados e fazendo o comparativo da área demonstrativa em que foram usados produtos da empresa, em comparação com a área onde não foi feito uso.

Na sexta estação, o extensionista do Escritório Regional de Bagé da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Guilherme Zorzi, falou sobre o Programa Monitora Ferrugem RS, implantando em 2019 com a finalidade de auxiliar os produtores no manejo da Ferrugem Asiática da Soja através do monitoramento da presença dos esporos do fungo no campo com a utilização de coletores de esporos instalados em 70 municípios do Estado na safra 2023/2024. O monitoramento dos esporos, somado ao conhecimento das condições meteorológicas e ambientais, são práticas que permitem sucesso na previsão da ocorrência da epidemia, auxiliando o produtor na tomada de decisão sobre o momento ideal para a aplicação de fungicidas, diminuindo os custos e o impacto ambiental decorrente do controle químico.

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