As consequências da estiagem e a possibilidade do Executivo são-luizense decretar estado de emergência pautou reunião na tarde da última terça-feira (10). O encontro ocorreu no Salão Nobre da prefeitura, com a participação de autoridades do município e representantes do Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Corsan, Emater/RS – Ascar; Coopatrigo e UERGS.
Os presentes informaram os problemas registrados devido à estiagem, os quais têm afetado de forma severa as propriedades rurais. As perdas nas lavouras de soja (que já chegam a 22%), milho sequeiro (perda estimada de 70%) e alfafa; hortifrutigranjeiros; perdas na produção de leite; açudes secando; baixos níveis dos poços artesianos; chuvas escassas e irregulares; desperdício de água (principalmente na área urbana), foram destacados como pontos de preocupação.
O chefe do Executivo e a Corsan chamaram a atenção para a importância do uso consciente da água potável. “Estamos fazendo esse apelo a nossa população para que evitem o desperdício, seja da água fornecida pela Corsan como pelo município, utilizando somente para higiene e uso doméstico. Esse é o momento de pensar no coletivo, para que este recurso tão precioso não falte para ninguém”, afirmou Brondani.
Na ocasião, entre os danos sociais, os participantes também ressaltaram a situação dos trabalhadores diaristas e empreiteiros, os quais tiveram os trabalhos paralisadas ou suspensos devido à estiagem. Nessa época, com os níveis normais de chuva, o setor primário costuma ofertar muitas oportunidades de emprego.
DECRETO – Assim como no ano passado, para decretar situação de emergência em São Luiz Gonzaga, é necessário que as entidades entreguem para a Defesa Civil Municipal, relatórios e fotos informando os danos causados pela estiagem, os impactos na produção agrícola e na pecuária, e principalmente os impactos sociais. “Precisamos da colaboração de todos com o levantamento de informações que possam embasar o decreto e possibilitar o reconhecimento do mesmo pelo Governo Estadual e Federal. O foco do levantamento de dados é apontar como a situação afetou a vida dos munícipes”, destacou o prefeito Sidney Brondani.
Após o encaminhamento das informações, os relatórios serão avaliados pela Defesa Civil Municipal. Caso o parecer do setor seja favorável, o decreto de situação de emergência deverá ser publicado nos próximos dias. Entre as medidas que poderão ser adotadas caso o decreto seja publicado, a Corsan poderá notificar os usuários e aplicar multas pelo desperdício de água.
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