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25/03/2016 22:05


Otávio Reichert - INTEGRANDO 25/03/2016

Geladeira Solidária: Numa iniciativa louvável, faz dois anos, o santo-angelense Marino Theobald criou uma geladeira literária, que batizou de “Gelateca”. Colocando-a defronte um hotel da Av. Venâncio Aires. Baseou-se numa reportagem de televisão. Iniciou-a com 70 livros, entre seus e doados. As pessoas podem retirar livros e também deixar livros no local, sempre com a ideia de compartilhar. Já foi além, criando a segunda gelateca, situada na calçada central da Av. Brasil, defronte o Banco do Brasil. Certo dia o Marino me parou para mostrar, com orgulho, que alguém havia doado uma renomada coleção de 15 livros, quase intactos, da coleção Delta Larousse (completa tem 18).
Referente ao tema, a ideia da geladeira solidária teve início em Berlin, na Alemanha. Alguém solidário colocou uma geladeira defronte sua casa, funcionando, deixando nela água potável em garrafas lacradas, além de potes com alimentos prontos para consumo. A ideia ganhou asas na Espanha, e adentrou o Brasil em Divinópolis-MG, e em Sorocaba-SP. A reportagem foi mostrada no programa “Bom Dia Brasil” (da Globo) em 21 Mar.
São gestos que humanizam, que criam laços de afeto, expressando o amor, conforme dizia uma amiga, hoje já falecida: “Faça o bem e não olhe a quem!” Que nesta páscoa possamos também contribuir para a paz, e que a ressurreição do Cristo Senhor suavize os corações com bondade e gratidão.

Simões Lopes Neto:  Após 150 anos de sua morte, o ilustre escritor pelotense recebe novas homenagens. Simões nasceu em 9 Mar 1865, e sendo neto do Visconde da Graça, com grandes fazendas e charqueadas em Pelotas e Uruguaiana. Foi nesta fronteira que o escritor mais aprendeu sobre lides campeiras, as quais descreveria com maestria ao contexto regionalista.
Mesmo seu pai sendo um dos 22 filhos do Visconde, Simões herdou bom dote do avô, que repartiu com outro irmão.
Ainda menino foi enviado ao RJ, onde mais tarde iniciou faculdade de medicina, que abandonou por motivo de doença. Depois abriu uma vidraçaria, uma destilaria, fábrica de cigarros, um moedor de café, tentou uma fórmula, com tabaco, para o controle de sarna e carrapato. Fundou ainda uma mineradora de prata em SC.
Fracassou em todos, até tornar-se assessor de imprensa em sua terra natal, iniciando assim seu legado cultural, reverenciado além fronteiras.    
Foi um revolucionário para sua época. Alguns objetivos seus posteriormente se concretizaram com outras autorias, talvez engajando seu pleito, citando a tentativa de Reforma Ortográfica, que o Ministério da Educação rejeitou, por absurda, a ideia de trocar o “ch” por “qu” (machina por máquina); de trocarem o “ph” de phosphoro, pharmacia, por “f”... Este intento custou-lhe grande montante de pratas, cristais, móveis e outras preciosidades. Desenvolveu também obra dedicada às crianças: uma série de contos nos quais realçava os nossos costumes e tradições, também rejeitada. Segue um dos poucos poemas seus, com humor, sátira e perspicácia...

A Galinha Morta
Vou cantar a galinha morta: por cima deste telhado.
Viva branco, viva negro, viva tudo misturado!
Eu vi a galinha morta, agora, no fogo fervendo...
A galinha foi p´ra outro, eu fiquei chorando e vendo!
Minha galinha pintada... Ai! Meu galo carijó...
Morreu a minha galinha, Ficou o meu galo só.
Minha Galinha pintada... Com tão bonito sinal!
Meu compadre me roubou pelo fundo do quintal.
Minha galinha morta bicho do mato comeu:
Fui ao mato ver as penas, dobradas penas me deu.
A galinha e a mulher não se deixam passear:
A galinha o bicho come... A mulher dá que falar!
Eu vi a galinha morta, a mesa já estava posta;
Chega, chega, minha gente, a galinha é p´ra quem gosta!
Minha galinha pintada, pontas d´asas amarelas:
Também serve de remédio p´ra quem tem dor de canelas...

Palavras obscenas: As escutas telefônicas do ex-presidente Lula são péssimo exemplo do linguajar de muitos brasileiros. Os palavrões atraem maus fluídos. Somos respeitados também pela forma como nos expressamos. Portanto, evitar palavrões nos leva também ao bom exemplo, principalmente aos jovens.

Provérbios 29:4: Quando o governo é honesto, o país tem segurança; mas, quando o governo cobra impostos demais, a nação acaba em desgraça!

Humor: Hoje se escreve farmácia começando com “f”, e antigamente?
Resposta: Com “A!” Antigamente...

Chasque: Aos leitores do Jornal A Tribuna e do site Portal das Missões... meu fraterno abraço... FELIZ PÁSCOA! 

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