Pirapó comemora 111 anos de colonização e vai sediar assembleia da AMM

Conhecido como Salto do Peixe, neste mês de novembro o município de Pirapó celebra 27 anos de Emancipação Político-Administrativa e 111 anos de colonização. A diversificada programação, que oferece opções para todos os públicos, inclui a assembleia mensal da Associação dos Municípios das Missões (AMM) e da Fundação dos Municípios das Missões (Funmissões), na próxima sexta-feira, 21/11, no Salão Paroquial, a partir das 9 horas da manhã. Prefeito anfitrião, Arno Werle destacou a satisfação em acolher a reunião de trabalho da Associação. “Estamos organizando os preparativos para receber os prefeitos, vices, secretários municipais, comunidade, imprensa e outros participantes. Para nós é de grande relevância sediar o encontro mensal da AMM, pois será a oportunidade do nosso município apresentar os projetos que estão sendo desenvolvidos para melhorar as condições de vida da comunidade pirapoense”, salientou ele.

Pauta do encontro
As Consequências para os governos municipais, após veto da Presidência da República na prorrogação do prazo de cumprimento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), a expectativa pelo aumento de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), cuja PEC nº 426/2014 deve ir à votação em segundo turno na Câmara, nesta terça-feira, 18/11, ações em andamento do Detur/Funmissões entre outros importantes assuntos direcionados ao fortalecimento da região missioneira, integram a pauta da assembleia da AMM.

À espera dos visitantes
O prefeito Arno Werle fez questão de evidenciar a presença de representantes de todos os municípios missioneiros, na assembleia da Associação e nas festividades em homenagem ao aniversário de Pirapó. “Entre os atrativos da ampla programação, que iniciou dia 1º com o baile de escolha dos Mais Belos Estudantes e segue até 30 de novembro, estão o tradicional Almoço do Peixe, Encontro Regional da 3ª Idade, Tertúlia Livre, show com Xirú Missioneiro e Grupo Pampa Colorada, apresentação de violão com alunos da rede municipal e estadual, teatro e dança. Vale a pena visitar nosso município e prestigiar nossa festa”, convidou Werle que também integra a diretoria da Associação dos Municípios das Missões no cargo de 1º Tesoureiro.

Nome de origem Tupi-Guarani 
Em linguagem Tupi-Guarani Pirapó significa Salto do Peixe. Segundo historiadores do município, provavelmente em razão da abundância de peixes que havia no passado e que saltavam magistralmente as cachoeiras do rio Ijuí, cujo cenário tornava-se ainda mais belo na época das piracemas, no Salto Pirapó, reduto predileto dos índios guaranis, atualmente localizado no município de Roque Gonzales.

111 anos de colonização
Com a chegada da família de Henrique Sommer em 1903, a primeira a chegar na região, e dos primeiros imigrantes alemães em 1904, deu-se início a colonização. Os colonizadores enfrentaram grandes dificuldades devido a intempéries do tempo, a falta de animais de procriação, de rodovias e de recursos industriais, médicos e espirituais. Ainda assim, a comunidade foi evoluindo rapidamente e, posteriormente, Henrique Sommer instalou uma balsa sobre o rio Ijuí: travessia Pirapó Roque Gonzales. 
Até a década de 50, a base da economia dava-se através da intensa exportação, via fluvial, valendo-se de catres, barcos e lanchas, os quais transportavam, principalmente, a madeira de lei (pau-ferro), produtos agrícolas como a erva-mate, o fumo, feijão e de industrializados agropecuários, como a cachaça, o queijo, o couro, a banha e a rapadura. Mas, a partir dos anos 50, foi cessando a industrialização e a base da economia modificando-se apenas para a agropecuária, cujo escoamento da produção de suínos e de grãos como soja, milho, trigo, feijão e arroz passou a ser rodoviário.

O legado cultural
A família Sommer deixou importante legado cultural na história pirapoense: a igreja em estilo gótico e a casa canônica com seus belos adereços; a Casa de Cultura em estilo enxaimel germânico; a praça municipal, com a exposição de equipamentos históricos como a máquina a vapor, que era usada na produção de energia através da água e do fogo em uma serraria, por volta da década de 1970; e o prédio restaurado em estilo enxaimel que atualmente abriga a sede da polícia civil e militar. Outros destaques são algumas cavernas, nas quais habitavam índios e foragidos estrangeiros.

As 7 Maravilhas de Pirapó
As riquezas históricas, culturais e naturais que podem ser encontradas no município são tantas, que inspiraram a atual administração municipal de Pirapó a criar um banner que contempla sete, entre os diferentes atrativos pirapoenses.

1ª - Cachoeira da Escadaria - Esta vasta e extensa cachoeira situa-se no Arroio Santa Maria, cujas límpidas águas escorrem barulhentas em vários degraus, em baixos e altos relevos, medindo 2 m, a queda maior.
2ª - Cascata Arco Iris - Mede em torno de 10 m e é comum vê-la matizada por belos arco-íris, quando raios solares cruzam-se com o derrame de suas águas.
3ª - Igreja Matriz - Com estilo gótico, foi inaugurada em em 1957. No interior da igreja visualiza-se o estilo barroco, nos rococós espiralados, nos topos das colunas.
4ª - Cachoeira da Corredeira - Em suas mediações no rio Ijuí há várias ilhas, além de uma longa e ruidosa corredeira, que forma um degrau de águas.
5ª - Pórtico da Hospitalidade - Em estilo colonial, o Pórtico é responsável pelas Boas-vindas a mais um município com origens na colonização alemã. No local pode ser contemplado o sol nascente, acordando mais um centenário recanto missioneiro.
6ª - Casa da Dona Edil - Rica em detalhes, cujos pilares são numerados em romanos. Construída há aproximadamente 90 anos situa-se na entrada da Linha Paraíso, O local é mais um cartão-postal de Pirapó.
7ª - Encontro das Águas no Marco das Três Fronteiras - Um esplendoroso pôr do sol pode ser apreciado no Marco das Três Fronteiras da Barra do Ijuí, onde chocam-se as águas do rio Ijuí com o rio Uruguai. 

Fonte: Site da Rádio Novos Horizontes FM

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