A M’Boi Guaçu era uma enorme cobra que, de tão grande, ganhou esse nome e era temida pelos guaranis. Os caciques alertavam que este animal gigantesco era o vigia da natureza, que vivia no linear das terras nas fronteiras habitadas e selvagens.
Vivia nos matos ao redor da Redução de São Miguel, no Rio Grande do Sul, alimentando-se de capivaras, ovelhas e outros animais. Quando os jesuítas tiveram que abandonar as reduções por causa da Guerra Guaranítica, restou um grande número de mulheres e crianças que foram se abrigar nas casas da redução e igreja, que sobreviveu inteira após a guerra.
Na luta entre os índios e militares muitos campos formam queimados e depredados.
A cobra M’boi Guaçu se alojou na igreja e subiu, se enrolando ao sino onde estava no alto da torre de São Miguel.
Os dias passaram e quando as chamas se aplacaram a cobra M’Boi Guaçu tentou saiu para caçar e ficou presa entre a corda, o sino e as paredes de pedra.
Começou a soltar um som, como um grande chiado, um assopro entre os galhos que enlouquecia e paralisava que ouvia. Nisso uma jovem índia, que a pouco tivera filho, sobre a torre e entrega à criança a cobra.
Poucos dias depois o mesmo horrendo ritual volta a acontecer e isso se repete.
As mães desesperadas não sabem o que aconteceu, sentem a falta das crianças, choram e pedem a Tupã ajuda.
E uma tempestade se armou na Região das Missões, não se sabe como nem por quê e pela ultima vez uma mãe entra em transe e perde em sacrifício seu indiozinho.
Um forte clarão risca o céu e entra torre a dento. Um grande estrondo ecoou a seguir, que fez tremer as ruínas de São Miguel, acompanhado do barulho de pedras caindo o sino do alto da torre baqueia no chão. A gordura negra da cobra escorre pelas paredes, manchando de preto as paredes, até hoje marcadas e escurecidas pela graxa da cobra.
Até hoje, além de toda a beleza, religiosidade e histórias que envolve a Redução de São Miguel, quando chega à tardinha e a noite dá seus primeiros sinais, realçando a chegada da noite, todos percebem a paz de um alívio que corre na planície e pradarias ao redor, como um nível de equilíbrio, um alerta, um sinal de garantia, como se a natureza avisasse que ela criou ,ela controla e a última palavra é dela. Versão: Roger Jaekel.
Site: Roteiro Entre Lendas Missioneiras
Lenda da Cobra Grande - Guarani - Tribo Mokoi Tekoá Petei Jeguatá - Duas Aldeias uma Caminhada.
Informações sobre as Ruínas de São Miguel das Missões
Site: São Pedro Patrono do Rio Grande do Sul;
Site: # Mistério do Chimarrão;
Site: Ritual da Lua Cheia;
Site: A Lenda do Umbu;
Site: Lenda Peixe Dourado;
Site: Boitatá - Protetora do Pampa Contra Incêndios;
Site: Gralha o Guardião dos Mistérios;
Site: Lenda Cerro do Inhacurutum;
Site: A Anti-homenagem JAZ e Sua Justiça;
Site: O Negrinho do Pastoreio;
Site: Lenda M'Bororé
Site: Santo dos Tropeiros;
Site: Lenda e Pajada do João de Barro;
Site: Lenda Da Erva Mate Versão Indígena;
Site: Lenda Alecrim;
Site: Lenda da Cruz de Caravaca;
Notícia Completa sobre a revista
7 de Fevereiro de 1756 morre Sepé Tiaraju
Empresa familiar, com seu fundador Delfino Shultz, iniciou no ramo de erva mate no ano de 1989
Saiba maisO melhor da gastronomia há mais de 20 anos em São Luiz Gonzaga. Sempre procurando aperfeiçoar e inovar o buffet de salgados e doces.
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