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16/08/2019 08:57


Otávio Reichert - INTEGRANDO 16/08/2019

A lápide do menino: Os americanos Ernest e Anneke Robinson tiveram seu primeiro filho, Matthew Stanford Robison. A celebração da chegada do filho foi de alegria e tristeza, pois por falta de oxigênio, Matthew nasceu com deficiências graves, ficando cego e paralisado do pescoço para baixo. Contrariando os médicos, que lhe deram horas de vida, com sua força de vontade e apoio familiar viveu até os 10 anos de idade, falecendo enquanto dormia, em setembro de 1988.

Os pais decidiram criar algo bonito e original, algo que retratasse o filho, mas levando esperança ao invés de tristeza. E assim construíram um dos túmulos mais comoventes e inspiradores do mundo. A estátua mostra um momento alegre, com a seguinte mensagem:

“Então, ela deve chegar para que os espíritos daqueles que são justos sejam recebidos em um estado de felicidade, que é chamado de paraíso. Um estado de repouso, de paz, onde descansará de todos os seus problemas, doenças e tristezas”.

A estátua de Matthew já foi vista por milhões de pessoas em todo o mundo e desperta sempre uma sensação de felicidade. Inspirados, no ano 2000 fundaram a Ability Found, uma instituição de caridade que ajuda pessoas com doenças como a paralisia cerebral, espinha bífida, AVC, câncer, lesões na medula espinhal e esclerose múltipla. Linda homenagem!
Poesia: Eis uma das pérolas de um grande declamador miguelino. Do poeta e amigo José Dirceu...

ALÉM DE MIM

 

O poeta e a poesia, a poesia e o poeta.

É uma união tão correta, bendita na eternidade.

É a mão que a claridade abre espaços infinitos.

Almas do Tupã bendito que se abraçam diariamente.

São artérias permanentes soando essências de escritos.

 

O poeta e a poesia, a poesia e o poeta.

São luzes da mesma reta, brasas do mesmo tição.

Cordas do mesmo violão, onde um vai, o outro vai.

Nada os separa ou distrai, bebem na mesma vertente.

E se aquecem mentalmente, tal um filho e seu pai.

 

O poeta e a poesia, a poesia e o poeta.

Cumplicidade discreta morando em corpo e alma.

A inspiração lhe acalma quando o verso se aflora.

Ninguém jamais vai embora, vamos semeando a arte.

Cada qual faz sua parte, e também ele comemora.

 

O poeta e a poesia, a poesia e o poeta.

Companhia predileta no silêncio e no papel.

Também nos versos fiel aos encantos da sua amada.

Ela é sempre eternizada no último verso escrito.

Podem até não achar bonito, por fazê-la idolatrada.

 

O poeta e a poesia, a poesia e o poeta.

São luzes de uma só meta, sempre em mesma direção.

Falam de amor e razão, viaja só, e divagando.

Horas e horas se amando, sem cansar, nem repetir.

Vale chorar ou sorrir, sem ver o tempo passando.

 

O poeta e a poesia, a poesia e o poeta.

Por vezes se faz profeta, aceitando a profecia.

Ao pensar, noite e dia, tem na amada o seu andar

Formando um perfeito par, pois sozinho não sai nada.

Ela é a curva da estrada, ele o guia a caminhar

 

O poeta e a poesia, a poesia e o poeta.

Tem horas que ele é pateta de tanto que ama ela.

Dizendo: és a mais bela, vives no meu coração!

Nesta doce afirmação - ele declara sofrendo,

quando estiver padecendo... partirá no seu caixão!

 

Humor: Não tenho medo de morrer. Só não gostaria de ver isso acontecer...

 

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