História

 História do Município

Muito antes de ser município, Alegria foi habitada por índios. Francisco Correa Taborda, casado com Josefina dos Reis Taborda, foi o primeiro morador de toda esta região do Inhacorá, Alegria e Rincão das Bandeiras.

Antes dele só havia índios. O Sr. Francisco Correa Taborda, Alferes da Guerra dos Farrapos, recebeu após a guerra uma grande área de terras em Cascavel no Estado do Paraná.  Um companheiro seu, na mesma época, recebeu uma área proporcional na região do Inhacorá. Temendo os índios, resolveu trocar esta área, com o Sr. Francisco Correa Taborda, que foi incumbido de civilizar os índios. Recebeu uma área de terras correspondente a 18 Km por 21 Km. Iniciava além de Três Vendas do Inhacorá, onde fica atualmente a ponte sobre o Rio Buricá ,na direção de Santo Ângelo; a mesma estendia-se por Alegria (de hoje) até além do Lajeado Engenho e o outro lado do rio Buricá.

Toda a região era então habitada por índios, denominados do "Queixo Furado". Através do queixo furado, assoviavam muito forte. Ouvia-se a uma distância superior a duas léguas. Conforme o tipo de assovio, os companheiros sabiam do que se tratava.

Nesta época havia muita caça: o porco do mato, a anta  e a  onça eram animais vistos, quase que diariamente.

Francisco Correa Taborda teve que lutar seguidas vezes com os índios. Num destes ataques dos índios ao acampamento de Francisco Taborda, sua esposa foi gravemente ferida por uma flecha. Após este acontecimento, não quis mais morar na região. Resolveu mudar-se para a região de Cruz Alta. Antes de partir repartiu a terra para seus dois filhos: João Correa Taborda e Vicente Taborda.

João Correa Taborda casou-se e ficou residindo onde fica atualmente a localidade de Esquina Rolim. Recebeu uma grande área de terras, desde a ponte, além de Três Vendas do Inhacorá, em  direção a  Santo Ângelo, até Alegria e Lajeado Engenho.

Em certa ocasião, os índios atacaram a casa de Vicente Taborda. Travou-se uma grande batalha que durou vários dias. No final, os brancos venceram. Em sinal da vitória hasteou uma bandeira, surgindo assim o nome de Rincão das Bandeiras para aquela região. Seu irmão João, ao saber do acontecimento, organizou o BAILE DA ALEGRIA. 

Vicente Taborda residiu onde morava o Sr. Ataíde Pires. Casado havia apenas doze dias, João Correa Taborda foi para a Guerra do Paraguai, ausentando-se por dez anos de casa.

A História também conta que, já por volta de 1920 e 1930, foi surgindo o primeiro núcleo de moradores através da migração de agricultores alemães vindo da chamada Colônia Velha de Montenegro,juntando-se na região, aos colonizadores poloneses, oriundos de Ijuí. Entre eles estavam o escrivão Percival Becker, Francisco Rolim de Moura, Eduardo Aidman, Ceslau Sawitzki, José Secconi, Alberto Prauchner, Alberto Stadler, João Leffler, Fernando Kunkel, Augusto Kunkel, Emilio Ratzlaff, Faustino Viana da Rosa, Pedro Viana da Rosa, Santino Toledo, residiam onde hoje é a sede do município. Estavam aqui os Senhores   Chico Prestes, Pedro Freitas, Brasil Freitas, Gustavo Ritz, Casemiro Martini, Casemiro Kotchewiski, Laurindo Bueno, Joaquim Bueno, Brizo Padilha, Nicolau Johann, Osório Ribeiro, Paulo Laichter, Salvador Ferreira, Germano Faifa, José Lemainski, Leopoldo Heck, Germano Ribel, José Matikoski, Gustavo Graupe, Estevão Fridiricheski, Juvenal Teixeira e outros que vieram para esta região em busca de terras melhores e encontrar uma melhor condição de vida.

Segundo os moradores mais antigos, há três versões para a origem do nome da cidade de Alegria. São elas:

 “Quando em certa ocasião os índios atacaram a casa do Senhor Vicente Taborda, travou-se uma grande luta. Em sinal da vitória, os brancos hastearam uma Bandeira. O irmão, João Taborda, ao saber da vitória, organizou o BAILE DA ALEGRIA”.

“No tempo em que o primeiro Subprefeito de Vila Alegria, por Santo Ângelo, era o Senhor Francisco Rolim de Moura, um homem de bom caráter, digno e respeitador, resolveu contratar o conjunto “Eickhoff” de Ijuí, para fazer una surpresa, pois ele estava de aniversário. Foi uma festa muito animada, da qual ele gostou muito. De serenata virou um baile. Todos dançaram e cantaram a noite inteira. Tudo ao clarão de uma lâmpada muito antiga, de querosene. Muitas vezes o subprefeito dizia: “Que alegria, que alegria; que alegria temos hoje aqui! Viva a nossa alegria!” Este acontecimento chegou logo aos ouvidos dos moradores de toda a região. Quando alguém mais tarde se dirigia ao local, dizia ao sair de casa: “Vou para Alegria”.

“O Dr. Vité, Engenheiro Civil, da Comissão de Terras de Santa Rosa, realizando trabalhos na região, constatou que o pessoal era muito alegre, animado e gostava de diversões. Constatou que estes moradores também se reuniam para conversar e tomar o tradicional chimarrão. Por esta razão sugeriu que dessem o nome de Alegria à localidade.