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24 de ABRIL - DIA DO CHIMARRÃO - Chimarrão um legado dos índios Guarani



  • Sobre

  • O hábito de consumir erva-mate é uma herança indígena, do século XVII, que tinha entre seus hábitos, o uso de uma bebida feita com folhas fragmentadas, ingerida em um pequeno porongo por meio de um canudo de taquara de nome, TACUAPI, que tinha na base um trançado de fibras para impedir que as partículas das folhas fossem ingeridas.
    Os guarani chamavam-na de caá-i (água de erva saborosa) e dizem que seu uso fora transmitido por tupã.
    Os conquistadores provaram o chimarrão e o acharam saboroso e com alguns poucos goles sentiam uma sensação de bem-estar no organismo, sendo assim o costume adotado pelos colonizadores espanhóis e portugueses e em pouco tempo, o comércio da erva-mate se tornava o mais rendoso da Colônia.
    O uso do chimarrão se estendeu às margens do Prata, conquistou Buenos Aires, transpôs os Andes, chegou a Potosi, na Bolívia.
    O chimarrão também fez a riqueza dos jesuítas que se estabeleceram no Guaíra, ao sul do Paranapanema e nos Sete Povos, à margem oriental do Uruguai.
    Fazendo plantio de ervais, depois de fracassos iniciais para germinar a semente, os jesuítas inventaram a caá-mini, pó grosso de erva-mate, que passou a valer três vezes mais e, com sua exportação, ganharam muito dinheiro, trazendo um período de opulência para os Sete Povos e as Missões.
    Desta maneira também a erva-mate se tornou a grande força econômica a consolidar na época o tropeirismo realizado pelos paulistas.
    O chimarrão sempre foi presente no dia-a-dia do gaucho, constituindo-se na bebida típica do sul do país.
    Também conhecido como mate amargo, é a bebida preferida pelo gaúcho, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade.
    Hoje em dia as rodas de chimarrão são uma maneira das pessoas conversarem, de se aproximarem, é uma maneira de “quebrar o gelo” nas relações formais, seja onde for, no trabalho; em casa; na escola; nos encontros, e em diversas ocasiões.
    O chimarrão não é o objetivo principal dos encontros, mas ele é usado como um pretexto, quando a pessoa quer encontrar alguém, quer conversar, usa o chimarrão como um motivo para reunir-se.
    O convite “vamos tomar um chimarrão?” representa o mesmo que “vamos conversar, trocar idéias?”
    “Chimarrão, a partir do momento em que se compartilha uma cuia, se compartilham os sonhos e as idéias.
    Fonte: Paulo Mena Pesquisador

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