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Combate na estância da Serra



    No final do mês de Abril de 1923, próximo ao Rincão dos Rosas na cidade de Rosário do Sul, reuniam-se as forças Maragatas do Coronel Aníbal Padão com as do General Honório Lemes.
    Logo que reunidas, recebem a informação pelos "Barruntos", pessoal destacado para busca de informações, sobre a presença dos Chimangos da 2ª Brigada Provisória do Coronel (Brigada Militar) Claudino Nunes Pereira na Estância da Serra.
    De posse da informação, os Maragatos resolvem aproximar-se e planejar um ataque com muita prudência, pois apesar do fator surpresa e um efetivo maior estarem a seu favor, possuíam um armamento inferior.
    No dia 29 de abril, os Maragatos iniciam o ataque realizando uma carga de lança frontal, porém, são rechaçados por rajadas de metralhadoras, momento em que Claudino consegue organizar sua defesa, ficando ao centro o seu Estado-Maior, à sua esquerda uma linha de atiradores do 1º Regimento (BM), à direita o 3º Corpo, esquadrões de cavalaria regular e provisórios, por último coloca uma reserva nos mangueirões da retaguarda.
    Os Maragatos realizam outra carga com cerca de 300 cavalarianos, com homens de Mallet dos Santos, Paulino Cipriano e de Hortêncio Rodrigues, que sai ferido porém sem gravidade. Em reforço ao ataque ainda estão dispostos as forças de Aníbal Padão, Democratino Silveira, Lincon Martins e Faustino Miller, ficando ainda pelo meio Honório Lemes, reforçado pela força de Alvaro Costa, tendo ainda uma reserva, a força de Francelino Barros.
    O dia transcorre, de uma lado os Chimangos cercados, apenas mantem suas posições, do outro os Maragatos mantem o cerco, porém a falta de armamento e munição não permite um ataque final. No dia 30, pela manhã, a pressão continua, os Maragatos tentam envolver o inimigo, porém sem sucesso e assim termina o dia.
    Claudino durante a madrugada, pressentindo a escassez de munição, resolve agir. No mangueirão, onde estava sua tropa de reserva, resolve reunir toda sua cavalhada. Agora contando com o "apoio" de uma chuva que começa a cair, reúne sua tropa no mangueirão, manda encilhar em silencio absoluto e ainda durante a madrugada forma um bloco compacto e saem em disparada, rompendo o cerco dos Maragatos; num primeiro momento rumam em direção a Santiago, mas num movimento brusco virá em direção a Rosário do Sul.
    A Honório, resta apenas uma tentativa de perseguição com o 1º Corpo dos irmãos Timbaúva, mas sem resultado. Os Maragatos, após o combate seguem rumo a Santa Rita e depois para o Ibicuí da Armada com cerca de 1500 homens.
    Os Chimangos de Claudino chegam a Rosário do Sul no dia 2 de maio e acampam, logo depois rumam para Santa Rita, onde recebe o reforço das forças de Flores da Cunha, totalizando cerca de 2000 homens, saindo em perseguição às forças de Honório Lemes, o 2º Corpo do Exército Libertador também conhecido por "Divisão do Oeste".
    PAULO MENA PESQUISADOR
    Fonte de consulta: o livro, Uma Batalha e três Combates de Jorge Telles. 
    Fonte:  
    Campereando a História Gaúcha.

    

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Combate na estância da Serra
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