Notícias

24/08/2022 17:08


Série argentina sobre a vida do prócer do Uruguai, José Artigas, um “iluminado” e traído por Buenos Aires

A minissérie aborda como seu sonho revolucionário de uma democracia gaúcha e federal, “a revolução dentro da revolução”, incomodou vários poderes
O ator argentino Iván Espeche Gil, protagonista de “Artigas”, a minissérie de ficção sobre o prócer uruguaio que o Canal Encontro e a TV Pública estreiam na próxima quarta-feira às 22, afirma que o senhor da guerra era “um iluminado” cuja história “é necessário conhecer”. Com direção de Maurício Minotti, produção de Três Mares e fundos de Encontro e Incaa, os quatro episódios da minissérie poderão ser vistos semanalmente de cada quarta-feira e propõem aproximar-se da história e das ideias do "primeiro senhor da guerra" Rioplatense”.
O relato na trama de “Artigas” é responsável por John Roberts (Donald Allan Bodie Pereira), um espião britânico que procura a sua pegada e que entrevista contemporâneos como Manuel Belgrano, José de San Martín, José Rondeau, Manuel de Sarratea ou o Cau Dillo santafesino Estanislao Lopez, entre outros.
Através da combinação da dramatização de diversas passagens da idade adulta (Espeche Gil) e da anciância (Fernando Madanes) de José Gervasio Artigas num curioso plano “falso documentário”, a minissérie aborda como o seu sonho revolucionário de uma demanda. ocracia gaúcha e federal, ou seja, “a revolução dentro da revolução”, incomodou vários poderes. Durante uma década, desde a Revolução de maio de 1810 porteña e até 1820, Artigas manteve uma relação tensa com as autoridades de Buenos Aires pela sua firme decisão de instaurar um governo federal no qual a Banda Oriental uruguaia que repõe ressentia-se preservando sua independência e poder de decisão.
Eventualmente vencido e assediado pelas forças de Buenos Aires e de um império português que dominava o Brasil, Artigas teve que se exilar no Paraguai, onde passou os últimos 30 anos de vida sem voltar a pisar na sua terra natal.
De extensa trajetória em cinema, televisão e teatro, Espeche Gil, que já sabe de interpretar personagens históricos (encarnou Gardel em “Yo soy assim, Tita de Buenos Aires”, 2017), conversou sobre a falta de conhecimento da história de Artigas e dos desafios de interpretá-lo. Segundo Iván Espeche Gil Artigas foi a primeira pessoa no mundo a falar e a querer aplicar o sufrágio universal e popular. "Era um cara que tinha muita boa educação, tinha feito a primária, que naquela época era muito, mas se cotovelava desde muito jovem com os crioulos, os índios do campo. Eles eram sua família, seus compatriotas e que ele seguia, como ele gostava de dizer em vez de dizer que eles o seguiam”
O ator que encarna Artigas afirma que na verdade há pouco conhecimento sobre o prócer da nacionalidade do Uruguai e é mal ensinado nas escolas argentinas. “Acho que tem a ver com as grandes contradições da história da América Latina, com os interesses que ele tocou. Infelizmente os portenhos se viraram muito contra ele nessa época, porque ele era um personagem que poderia ter gerado uma história alternativa a como finalmente foi”
Finalmente insistiu na necessidade de resgatar o personagem para que pudesse construir um futuro melhor e poder contar a história para poder construir pontes, transmitir as mensagens de um personagem iluminado como Artigas era. Para pensarmos nós latino-americanos como residentes de uma “pátria grande” é muito importante resgatar este tipo de personagens, poder trazê-los de volta ao presente”

EM DESTAQUE

Erva Mate Verde Real

Empresa familiar, com seu fundador Delfino Shultz, iniciou no ramo de erva mate no ano de 1989

Saiba mais

Restaurante Cantina

O melhor da gastronomia há mais de 20 anos em São Luiz Gonzaga. Sempre procurando aperfeiçoar e inovar o buffet de salgados e doces.

Saiba mais

Porto Lucena

Mais notícias

  • Aguarde, buscando...