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28/06/2019 08:27


FASA inaugura Lounge de Espera feito em bioconstrução

Obra é a primeira de um complexo de construções sustentáveis no campus da Faculdade 

     A Faculdade Santo Ângelo (FASA) inaugurou, nesta quarta-feira (26) seu Lounge de Espera - a primeira de uma série de bioconstruções a serem realizadas no campus da Instituição de Ensino Superior (IES). A obra está no rol de iniciativas que credenciou a Faculdade ao Programa de Alto Impacto Acadêmico da ONU (UNAI).
      “Conhecimento, inovação e qualificação profissional não podem ser construídos sem se pensar na vida, em preservá-la e garantir qualidade para todos. É dessa forma que a sustentabilidade está no DNA da FASA. Além do Lounge, teremos um bloco de laboratórios que já começou a ser projetado, com diversas técnicas de bioconstrução também. Estamos felizes em proporcionar essa experiência à nossa comunidade acadêmica”, diz o diretor-presidente da FASA, professor Me.  Rafael Rossetto.
    A inauguração foi marcada por um breve ato em frente ao Lounge, com a presença de colaboradores e professores da FASA e a equipe que já está envolvida na construção do novoLaboratório de Química da Faculdade.

Obra sustentável e econômica

    Assinado pelo arquiteto Rithielli Ramos/Teokalli Design, o Lounge foi construído sob supervisão do bioconstrutor Clairton da Silva com a técnica Taipa de Pilão. Foram utilizados 5m³ de terra crua, trazida de um terreno no Centro da cidade que está sendo preparado para construção; 1,5 m³ de areia, 16 sacos de cimento e 350 tijolos. Os bancos são de madeira de reflorestamento e a cobertura é de resíduos de telhas combinados com embalagens de creme dental, caixas de leite e resíduo de celulose. Resíduos de madeira do próprio sistema construtivo foram utilizados para algumas das paredes do lounge, dando destinação correta e usual ao material. Em uma obra convencional, seriam gastos o dobro de cimento e areia e 1,5 mil tijolos. Além da economia financeira de até 30%, as vantagens da bioconstrução acontecem em outros aspectos, como ressalta Silva.
     “Além de gerar menos impacto ambiental gastando menos recurso natural e não renovável, a construção com terra possibilita um conforto térmico e acústico muito melhor, geração de energia limpa através de painéis fotovoltaicos, composição de vegetação dentro do ambiente, layout que possibilita uma melhor interação social e de convivência e todo o recurso investido fica no local. Os materiais são comprados no local e a mão de obra é treinada e capacitada localmente, o que permite que gere empregos e produza conhecimento”, detalha o bioconstrutor.

Como na Muralha da China

A técnica Taipa de Pilão é um sistema rudimentar em que a terra é comprimida em formas de madeira (as taipas), no formato de uma grande caixa. O barro é compactado horizontalmente e disposto em camadas de 15cm de altura, o que forma uma estrutura resistente e durável. Ao longo do processo, as camadas são reduzidas pela metade através de apiloamento. As estruturas de taipa de pilão podem ter longa durabilidade. Como observa Silva, “a Grande Muralha da China teve sua maior parte feita com essa técnica. No Norte da Europa, podem ser encontradas construções feitas com essa técnica de até sete andares de altura e dois séculos de idade”. A taipa de pilão moderna, empregada no Lounge de Espera da FASA, permite a combinação do solocimento - mistura homogênea de terra, areia e cimento.

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