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06/12/2018 17:31


Onças da América do Sul são mortas para virar remédio tradicional na China.

A Amazônia é uma grande floresta dividida em fronteiras de vários países a caça predatória está atingindo a todos por inteiro colocando em perigo o maior felino das Américas.
Medicina tradicional asiática incentiva caça ilegal de onças na Amazônia
Caçadores ilegais estão abatendo onças na região da Amazônia para traficar suas presas - usadas em supostos tratamentos de medicina tradicional asiática ou como amuletos. Contrabandistas pagam a caçadores até US$ 100 (R$ 340) por dente.
Autoridades suspeitam que o crime ocorra em mais países sul-americanos, inclusive no Brasil.
Na Bolívia foram apreendidos 262 dentes entre 2014 e 2016. Para autoridades locais, isso significa que ao menos 65 felinos foram abatidos ilegalmente no período - pois cada um possui quatro presas grandes. 
O governo boliviano diz que o fenômeno não é novidade na Região Amazônica e que o grande número de casos registrados no país seria fruto de campanhas nacionais para prender traficantes de animais e conscientizar a população.
Embora não tenha havido apreensões desse tipo no Brasil até agora, o IBAMA diz suspeitar que caçadores e contrabandistas ligados ao tráfico de dentes de onça para o mercado asiático operem no país. No Suriname, ao menos dois casos suspeitos foram registrados.
Na Bolívia, as onças são chamadas de jaguares, na tradução do espanhol.
Elas não são caçadas diretamente pelos contrabandistas. Segundo a DGBAP (Direção Geral de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Bolívia) e a Fobomade, indígenas e camponeses que moram na região da floresta são aliciados para abater os animais.
Por vezes, para chegar a esses caçadores locais, contrabandistas pagam por anúncios em emissoras de rádio de cidades pequenas, localizadas próximo à floresta amazônica. Os anúncios indicam um endereço onde eles podem ser vendidos.
"Os contrabandistas fazem isso por um dia e depois mudam de domicílio, então fazem (o anúncio) em outro lugar e mudam de domicílio de novo. É uma máfia", diz à BBC Brasil Teresa Peres, chefe da DGBAP. "O que mais se detectou é que os compradores são de procedência asiática", disse ela.
Fonte: National Geographic Brasil

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