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10/10/2018 09:00


Aquífero Guarani - Um Patrimônio

      Os brasileiros mais sulinos, e missioneiros, pisam diariamente sobre uma das maiores riquezas naturais: a segunda maior fonte de água doce subterrânea do planeta, menor apenas que o Aquífero Alter do Chão, situado na região Norte do Brasil. O Aquífero Guarani. O nome homenageia os índios ancestrais, sendo estes os principais formadores do gauchismo. Situado no Sul da América do Sul, abrange o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
      Conforme o mapa, verificamos que a maior parte do Aquífero Guarani está situado em solo brasileiro. Com profundidade aproximada de 1500m, é um grande reservatório de água subterrânea. Constituído por sedimentos arenosos e lavas de basalto, tem formação geológica com rochas porosas e impermeáveis, contribuindo para a absorção, purificação e armazenamento de águas oceânicas e da chuva.
      Nosso aquífero tem importância vital no aspecto ambiental, contribuindo ao equilíbrio do planeta como um todo. Tem ainda indelével participação econômica e social, pois que sua abrangência insere uma população aproximada de 15 milhões de habitantes.
Estudos têm apontado que, pela expansão da urbanização e da industrialização, houve grande contaminação do solo, afetando a qualidade da água. Com união e cooperação mútua, vários projetos em implantação visam melhorar a gestão destes recursos hídricos.
Portanto, a preservação do Aquífero Guarani é pauta constante, e com ênfase maior desde 2010, principalmente pelos quatro países detentores deste patrimônio.
      Costeando a temática, adentraremos para algumas nomenclaturas pertinentes aos afluentes deste lençol freático. Iniciando pela querida Santo Ângelo, a capital missioneira, sede deste Portal.
     Destaque-se que 30% das palavras da nossa língua portuguesa tem origem do idioma Guarani. Seguem abaixo, alguns exemplos sobre a origem dos nomes de alguns rios, com apontamentos de registros do vocabulário Guarany, de autoria do Major Quirino Nunes Pereira, impresso em 1932, sendo este avô do escritor Antônio Carlos Rousselet, confrade da Academia Santo-angelense de Letras – ASLE.
Itaquarinchim: Também conforme o historiador Antônio C. Rousselet, este pequeno rio era chamado Taquar-y-chim, significando lajeado da cana miúda. Entendendo-se rio pequeno das taquaras. O “I” inicial foi inserido posteriormente, e de forma errônea.
Ijuí (Yjuí): Rio das rãs (e dos espinhos). O “Y” inicial “rio”.
Jacuí: Jacu + rio. Original Jacuhy - Rio dos Jacus
Ibicuí: terra fina + rio. Original Ibicuhy (Ibi-cui-y) - Rio da Areia Fina;
Uruguai: Caracol + I = rio dos caracóis. Para os índios “Uruguay”
Observações:
- Barra do Quaraí, cidade brasileira junto à fronteira com Uruguai e Argentina, é considerada a região do “Coração do Aquífero Guarani”;
- Registros apontam que, entre São Luiz Gonzaga e Santo Antônio das Missões, o Aquífero Guarani está raso, a poucos metros de profundidade.
- A denominação “Ita” advém de pedra (pouco há no Itaquarinchim);
- “In” induz a pequeno;
- “Açu” significa grande.
- As palavras guaraníticas geralmente são oxítonas, acentuadas na última sílaba;
- Além do Aquífero Guarani, existem cerca de 25 aquíferos no Brasil.  
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