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08/03/2019 11:50


Cultura e Sociedade por Valter Portalete

      Cultura e Sociedade são reciprocamente dependentes. É a posse de uma Cultura que dá à sociedade sua unidade psicológica e permite que os indivíduos vivam em conjunto com um mínimo de ambigüidades. E é a Sociedade, por seu comportamento coletivo, que dá à cultura uma manifestação expressa, objetiva, assimilável pelo indivíduo e transmissível de geração a geração. 
      Na base da cultura material (artefatos, equipamentos e técnicas para agir sobre a natureza) e imaterial (símbolos, ideias, atitudes, emoções e maneiras socialmente padronizadas), temos a comunicação, que é o processo pelo qual se transmitem as idéias, sentimentos, estruturas sociais, bens e mercadorias.  
      Muitas vezes a comunicação torna-se difícil devido a competição, que surge por interesses econômicos, profissionais ou políticos, acendendo desta forma, a ‘fogueira das vaidades’. Quando isto acontece, usa-se a palavra cultura de forma indiscriminada, mesmo que o fato em si nada tenha a ver com expressão cultural. 
      Misturam-se equivocadamente as ideias, criando uma confusão entre os membros da sociedade.  Por isso, questionamos qual seria nosso patrimônio cultural e se estamos efetivamente valorizando o saber popular em Santo Ângelo, ou seja, o folclore local (Folk = povo; Lore = estudo; saber). Um exemplo de valorização e aceitação popular é o Brique da Praça Leônidas Ribas, tradicionalmente conhecido por BRIQUE DA PRAÇA. No caso, não foi necessário que o Poder Público, instituição religiosa, partidária ou comercial, definisse a necessidade da valorização e permanência do Brique; isso ocorreu através do gosto popular. Hoje, a tradição das manhãs de domingo em Santo Ângelo contempla uma visita a Praça Leônidas Ribas, tomando mate, revendo os amigos e ouvindo boa música. 
      Outro exemplo de saber popular, a nível estadual: Semana Farroupilha. Há 63 anos não havia a tradição de festejar a semana gaúcha. Foi pensada e elaborada por um grupo de estudantes em Porto Alegre. Hoje, representa a maior festa do Rio Grande do Sul. Em nenhum destes eventos citados o consumismo esteve dominando os discursos, pois acima dele se encontrava a força popular. 
      Não devemos esquecer ainda, que nos dias atuais, a todo instante somos direcionados para uma cultura consumista, onde o homem vale mais pelo “ter” do que pelo “ser”. Precocemente, as crianças são alvos das mais diversas publicidades, cabendo aos pais prepará-los e orientá-los. 
      Neste sentido está a validade da identificação de um patrimônio cultural, pois quem o possui certamente poderá selecionar o que é bom ou ruim, o que pode ser aproveitado e o que poderá ser descartado. Se toda unanimidade é burra, somente a consciência cultural, gerada dentro de uma sociedade organizada poderá nos conduzir a uma interpretação real de fatos do cotidiano. 
      É evidente que essa organização muitas vezes não interessa a certos projetos políticos, pois determinaria a extinção de muitos seres da face política brasileira. Valorizar o folclore, arte, história e costumes, não é desprestígio, pelo contrário, demonstra o grau evolutivo que o povo local possui. E no Rio Grande do Sul, região missioneira e Santo Ângelo, temos motivos de sobra para pensar, valorizar e divulgar nosso patrimônio cultural. Basta querer.
      - “Eu venho de um lugar onde a gente ouve os velhos, acredita nos jovens e respeita o eterno. Eu venho de um lugar onde o canto é de campo e de rio, mas, sobretudo eu venho de um lugar onde o homem tem pátria, pensa e opina. Ah! Eu sou gaúcho”. (Ângelo Franco
Autor: Valter Portalete
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portalete123@gmail.com 
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