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28/10/2016 14:53


Otávio Reichert - INTEGRANDO 29/10/2016

Ladra: Os padrinhos são eternos para o afilhado. Uma vez escolhidos, e os pais o fazem pela amizade, por afinidade, ao padrinho cabe a função de guia, de orientador, e até de tutor na falta dos genitores.
Dito isto, adentro outra seara: nem sempre a verdade pode ser dita. Dia desses, um jornalista do jornal ZH também enfatizou que certas coisas convém não revelar, por fazerem mais estragos que benefícios. O caso a seguir seria um destes? Logo eu que dias atrás falei sobre a coragem necessária para mudar o mutável, aceitar o imutável, e saber discernir o meio termo.
Vamos ao caso! Um dos meus compadres (primogênito dele) é meu grande amigo, amizade estendida à esposa, até se confirmar algo cruel: ela rouba, é ladra. Seus atos não devem advir de carência financeira, pois a princípio o compadre não é sovina. Impulsão doentia?
Antes que me questione, afirmo que, pedindo sigilo, alguém já me confabulara ter sido vítima de furto por duas vezes, e a última confirmando o caso, o que na época também me surpreendeu.
Por hábito deixamos carteira, celular e chaves no mesmo lugar. E em passeio na casa do compadre, mais por desatenção, deixei estes na mesa, ante os olhos, mas no tempo de ir ao banheiro e retornar, também caí na rede. Foi o olhar dela, acusando a si própria, que me alertou. Ainda bem que o descuido custou valor pequeno. E ali, a réstia de “São Tomé” (só acredita vendo) se esvaiu em mim, que não vi mas senti no bolso.
Presumo do compadre nada saber da psicose da esposa. Expor a ele implica em várias nuanças, inclusive ser processado por calúnia e difamação, esta improvável pois a outra vítima tem provas e imagens. Mesmo descartando esta hipótese, o padrinho se tornaria o vilão, o gerador da discórdia entre o casal que, aparentemente, vive bem. Torna-se imensurável dimensionar as consequências familiares.
Certas coisas ficam na alma! Como nada é eterno, mais dia virá à tona, mas por outrem.

Cleptomania? Seria o caso acima uma variação desta doença? Ainda pouco estudada, a cleptomania é mal compreendida e cercada de preconceitos. Em psiquiatria, é classificada como um transtorno, uma falha em resistir ao impulso de furtar objetos ou valores que não são necessários, nem são cobiçados por seu valor monetário. O furto não é cometido por vingança, desejo de retaliação, ou para obtenção de qualquer vantagem e o paciente em geral não sabe explicar por que sua escolha por determinado objeto, ou por que o impulso aflorou naquele instante. Portanto, suas motivações não são conscientes.  O caso acima parece não se enquadrar no caso acima.

Escolas: Transtornos de cleptomania também acontecem com alunos em várias escolas, um dos tantos problemas para os professores solucionar. Como não lhes cabe ser coniventes, precisam avisar os pais que, por vezes, se negam em aceitar tal condição. Precisam acionar o Conselho Tutelar e agir em prol da criança em formação, quando não raro, a criança o faz por exemplos da sua casa ou da sua comunidade. É sempre difícil apontar o dedo para as feridas alheias.

Sádicos: Um casal perverso cometia roubos num clube, até serem expulsos: acampados na sede campestre, roubavam objetos (jarra, talheres) da barraca “A” e colocavam na barraca “C”.  E sádicos, ficavam à espreita para ver o rebuliço e tentar criar discórdia entre as famílias.

15º Acampamento da Poesia: Acontece neste final de semana. Com a temática “Transição” o evento terá mais de 30 poetas, sendo alguns de querências distantes. 

Humor: Dois tubarões (pai e filho) observavam os sobreviventes de um naufrágio.
- Siga-me, filho! Disse o tubarão pai. E nadaram até os náufragos.
- Primeiro nadaremos em volta deles, mostrando apenas a ponta das nossas barbatanas fora da água. Feito isto, falou novamente:
- Muito bem, filho! Agora nadaremos à volta deles com as barbatanas totalmente de fora. E assim fizeram.
- Agora sim! Podemos devorá-los.
Já saciados, o filho perguntou: - Por que não os comemos logo de início, pai? Por que ficamos rodeando eles tantas vezes?
O sábio e experiente pai respondeu calmamente:
- Porque eles ficam mais saborosos com o intestino limpo!
Moral da história: Parece que o juiz Sérgio Moro está usando a mesma estratégia...

Chasque: À OAB santo-angelense, pelos Jogos Culturais, atividade que desenvolve junto aos educandários da região missioneira. 
Colunas anteriores, informações e contatos de Otávio Reichert.

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