Informar errado faz mal à credibilidade do jornal.
Sempre tive o entendimento de que um veículo de comunicação deve reproduzir uma informação de forma imparcial à população, fazendo um trabalho sério, de qualidade e descrevendo – na íntegra – a informação transmitida. Inclusive, acredito que um jornal jamais deveria ser usado como arma para um partido político difamar seus opositores. Infelizmente, não são todos os jornais da cidade que possuem em seus quadros gestores sérios e jornalistas de qualidade, comprometidos com a verdade dos fatos.
Hoje, me deparei com uma matéria em certo jornal da cidade, proferindo que o “Canto Missioneiro foi cancelado” e que “essa seria mais uma trapalhada do atual governo”.
Bom, vamos aos fatos. Ontem, me manifestei em alguns veículos de comunicação informando que o nosso tradicional festival de música nativa, “Canto Missioneiro”, que desde a sua 5ª edição conta com o financiamento do Pró-cultura – Lei de Incentivo à Cultura (LIC/RS), será ADIADO, não devendo acontecer no mês de março de 2019, em virtude de que o Estado do Rio Grande do Sul está com TODOS os atos concessivos relativos a isenções, incentivos ou benefícios fiscais ou financeiros-fiscais, vinculados ao ICMS, suspensos até que seja celebrado novo Convênio com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Ou seja, por mais que os projetos estejam aprovados pela equipe técnica da LIC e pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC/RS), a Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul está IMPOSSIBILITADA de validar as Cartas de Habilitação de Patrocínio (CHP’s) dos projetos culturais financiados por meio da LIC/RS até que o Estado do Rio Grande do Sul esteja autorizado a retomar o funcionamento pleno da LIC, garantindo definitivamente segurança jurídica para os patrocinadores.
Portanto, não é só o Canto Missioneiro que será adiado. Mas sim, diversos eventos da cidade e do Estado, que contam com esta forma de financiamento. Aliás, cabe ressaltar que este não é um obstáculo apenas para o Rio Grande do Sul. Outros estados da federação estão sofrendo com o mesmo problema.
Então, gente, sugiro que respeitem a Administração Municipal. Ninguém aqui faz “trapalhada”, nossa equipe faz um trabalho sério, dinâmico e competente, resolvendo problemas diariamente e buscando alternativas para investimentos no Município, mesmo diante da crise que assola os Municípios, Estado e País. Da próxima vez que utilizarem uma entrevista como fonte, procurem reproduzir a fala do entrevistado e a veracidade dos fatos, ao invés de publicar “achismos”. Tentem ajudar a cidade. Busquem enxergar além da bolha de amargura e ódio por terem perdido uma eleição municipal. Uma cidade só se desenvolve quando os políticos compreendem que, após o término de uma eleição, encerra-se a rivalidade e todos se unem em prol da cidade e da população.
Por fim, aos que têm memória curta, evoco que “trapalhada” fez uma certa administração que mudou a tradicional data de realização do festival, concebido para ocorrer anualmente no mês de março. Provavelmente com a intenção velada de acabar com o Canto Missioneiro, passaram a realizá-lo nos meses de agosto e setembro.
Neusa Cavalheiro
Secretaria Cultura Santo Ângelo