O PRAZER DA VIDA SIMPLES, por João Antunes.
Nós vivemos numa sociedade que tem um alto teor consumista, egoísta e do imediatismo. Não são somente os grandes acontecimentos que vão nos trazer a felicidade. Ela é uma busca constante e, às vezes, ela está bem perto bastando apenas uma guinada, uma mudança de foco e apreciar a simplicidade. Devemos ter ambição, sonhos e metas, para uma vida melhor, saber que a vida é um constante aprendizado diário e valorizando a nossa auto-estima devemos ter disciplina e motivação para progredirmos em várias direções.
O prazer de viver as coisas simples que a vida nos oferece não passa necessariamente pelo dinheiro, não pode ser comprado, não depende do poder da fortuna, mas é uma conquista que depende do nosso querer, não tanto da nossa inteligência, mas da nossa sabedoria, e, numa visão holística, da gente buscar apropriadamente a essência, esse prazer, das coisas, dos momentos, de nós mesmos e das pessoas que estão bem próximos de nós.
As possibilidades do prazer das coisas simples da vida que nos deixam felizes fazem a diferença e residem também na gente ser verdadeiramente o que a gente é, ter saúde, em ter disposição para a vida, ter equilíbrio e atitudes de afeto, reunir e ter carinho para com a família e o nosso semelhante, fazer o serviço com gosto, receber um elogio sincero, ter bom humor, exercitar abraços calorosos, sorrir com sorriso franco, se admirar dos detalhes das maravilhas da natureza expressas em tantos tons, sons e paisagens, no cheio terra molhada pela chuva, na beleza e no perfume das flores, no alvorecer e no por do sol, no balé das nuvens, no espelho da lua, no brilho estrelas, no carinho do vento, nas sinfonias da passarada. Não maltratar os animais, ter animais de estimação, abraçar a vida com amor, ser fraterno praticando gestos sinceros de bondade por alguém, ficar feliz com as conquistas alheias. Ler, ouvir músicas preferidas, dançar, cantar, visitar amigos, conversar, caminhar, praticar esportes, tomar sol, brincar com uma criança, fazer uma atividade doméstica, comer e beber moderadamente, tomar chimarrão, ter dinheiro para pelo menos viver com dignidade, fazer novos amigos, comemorar a vida, confraternizar, amar e ser correspondido e levantar após um tropeço.
Também encontra-se o prazer das coisas simples da vida curtindo o silêncio, contar e ouvir histórias de vida que sejam interessantes, cuidar e gostar de si mesmo, fazer as pazes, ensinar alguém, começar um novo projeto, rir, fotografar, arrumar a casa, cuidar das plantas, fazer artesanato, beber água, sair da rotina, superar um obstáculo.
Não confundir alegria com felicidade. Alegria é o estado emocional fruto de uma satisfação momentânea. E felicidade é se sentir de bem consigo mesmo e realizado com o que tem e ter novos anseios.
A chave da felicidade, independentemente onde a gente esteja, está bem menos na complexidade do sofisticado e muito mais dentro de nós mesmos, na simplicidade do comum, e é mais fácil encontrá-la quando fazemos a conexão com o nosso eu e com os outros. Entender o nosso lado animal e a nossa divindade.
Devemos pensar grande, mas não complicarmos e nunca dispensarmos o prazer das coisas simples que a vida no dia a dia nos proporciona e que está em nossas mãos. As coisas simples estão presentes na singeleza, nos gestos que muitos não ligam, nos bons sentimentos que poucos desfrutam, nas palavras que pouquíssimas pessoas ouvem, na tranqüilidade, no pensamento positivo, na fé no Criador; em estar atento ao que acontece à nossa volta e em tudo o que é bom e reside em nosso coração, com esperança e sem medo de ser feliz, pois a beleza da vida, a essência que ela carrega deverá deixar em nós e por nós, a sensação de que o nosso tempo neste orbe terráqueo é um tempo não só para sobrevivermos, mas para lapidarmos a alma!
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