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30/06/2017 16:48


E se o Sul se separasse do Brasil?

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estes três estados formam o local mais distante da linha do Equador que o Brasil chega: A região Sul. Por estar fora da zona tropical, é a mais fria das regiões do Brasil e conta com aspectos culturais muito diversificados dos outros estados.
Primeiramente, a região foi colonizada por europeus, com ênfase em italianos, poloneses e alemães. Devido à esta grande miscigenação, não é surpresa esperar grandes festas, tradições, regionalismos e, é claro, sotaques. Com um sotaque diferente em cada local, podemos diferenciar facilmente de onde vem quem fala “Piá, olha o leite quente derramando ali!”, “”Exta” comida “extá” deliciosa, tu que fizestes?” e “Guria, que tal um mate pra esquentar os ossos, tchê?”. Mas este não é nem o início da peculiaridade do sulista. As comidas podem não ser requintadas como as da região nordeste, porém os pratos típicos são caprichados para assegurar que todo mundo esteja corado nos dias de inverno. Muito barreado, arroz carreteiro, pinhão, peixes e frutos do mar, e é claro, chimarrão e tererê é o cardápio mais visto nas mesas dos cidadãos da região sul do Brasil. Mas os sulistas não vivem só para encher o bucho não, tchê! Olha que tem muita gente influente pelos pampas, pinheiros e praias. Gente como Érico Veríssimo, Mário Quintana, Paulo Leminsky e tantos outros da literatura brasileira que tiraram inspiração das terras do sul. Cantores como Nelson Gonçalvez, Elis Regina e a banda Engenheiros do Hawaii começaram a cantar nas “garagens” de lá. Podemos checar nas telinhas os conterrâneos Ary Fontoura, Carolina Kesting, Grazielli Massafera, Xuxa, Tony Ramos, Sonia Braga entre tantos outros. Para não dizer que tem talento só nas artes (como se fosse pouco), ainda temos no esporte Ronaldinho Gaúcho, Alex, Alexandre Pato, Taffarel, Giba, Guga e é claro, os grandes clássicos Atletiba e Grenal. E depois de ler alguns poemas, cantar algumas músicas, assistir uma novela e torcer pelo seu time, é hora de ir para uma festa bem típica, e opção é o que não falta! Quer experimentar todo o tipo de cerveja e ver como é a tradição alemã de pertinho sem sair do Brasil? Vá à OktoberFest, em Santa Catarina. Quer tomar goles de safras desde antes do seu nascimento? Vá à Festa da Uva no Rio Grande do Sul e relaxe tomando vinho. E, como se ainda não tivéssemos falado o suficiente de bebida, dê uma passadinha na maior festa do Paraná, a Festa Nacional do Chope Escuro, que atrai bandas e cantores como Pitty, Jota Quest e muito mais todos os anos. Você pode curtir muito as Cataratas do Iguaçu, uma das 7 maravilhas do mundo, no Paraná. Ainda acha que está faltando algo? Um pouco mais de cultura, talvez? Pois tire isso já da sua cabeça, piá! Curitiba foi nomeada em 2003 a capital da Cultura das Américas pela própria ONU. É muito orgulho, não é? Só não coloca olho gordo, piazada, isso aí tudo é nosso!  
Informações de onde votar. Onde vão estar nas cidades as URNAS para o plebiscito.
Parte expressiva da produção agrícola e industrial, da força de trabalho e da capacidade intelectual do Brasil seria perdida. O Sul é a região com melhores índices de empregabilidade, educação e desenvolvimento humano. Mas o novo país não seria necessariamente melhor que o restante do Brasil e também teria uma série de desafios a enfrentar. 
Entre eles, a falta de uma unidade cultural, divergências políticas, crise energética e dificuldade em obter certos produtos ou matérias-primas.
O Sul tem um histórico de lutas por independência. A Revolução Farroupilha (1835-1845) resultou na primeira experiência de presidencialismo e democracia em território brasileiro. Antes mesmo da proclamação da República, o movimento criou temporariamente as repúblicas Rio-Grandense e Juliana (no RS e em SC, respectivamente), durante o Império de dom Pedro II.
REPÚBLICA DO MATE
A erva, usada em bebidas como chimarrão e tereré, seria o símbolo da nova nação
FRONTEIRAS
A tentativa de separação resultaria em resposta imediata do governo brasileiro, primeiro com a destituição dos governadores e em seguida com o avanço das Forças Armadas. 
A independência poderia ser pacífica, por meio de plebiscito recomendado pelo Congresso Nacional ou como resultado de um acordo de paz, em caso de conflito.
POLÍTICA
O primeiro ato seria elaborar uma Constituição, definir a forma de governo e o processo eleitoral. Com histórico de oposição ao regime militar e uma tradição de líderes fortes, o país seria uma república governada por um presidente carismático, que precisaria conciliar interesses de gaúchos, catarinenses e paranaenses.
ENERGIA
Sem Itaipu – o Brasil não abriria mão de uma das maiores hidrelétricas do mundo, a principal fonte de energia seria o carvão mineral. A energia eólica teria que receber mais investimento e o país teria que importar gás natural da Argentina, além de ampliar hidrelétricas do rio Uruguai. Sem produção local de petróleo, o preço dos combustíveis dobraria.
GOVERNO
A capital seria Chapecó (SC), planejada, localizada no centro do país e com infraestrutura de aeroporto. Alguns ministérios e os poderes Legislativo e Judiciário poderiam estar em outros estados. Outra questão é se as capitais estaduais seriam mantidas ou se o país seria uma república unitária, sem estados, como o Uruguai
AGRICULTURA
O principal setor da economia mateana afetaria a mesa do cidadão brasileiro. A região produz quase todo o trigo, a maior parte do arroz, mais da metade da cebola e um terço da batata inglesa, soja e milho do Brasil. O Mate também exportaria cevada para todas as cervejarias brasileiras, mas por outro lado teria que importar cacau e café
PECUÁRIA
A maioria da carne consumida no Brasil seria importada, já que o Sul é referência na produção de gado, frangos e suínos. Um terço do leite brasileiro também viria da República do Mate.
INDÚSTRIA
O Mate seria uma potência do setor metalmecânico. A região abriga siderúrgicas, montadoras de caminhões, carrocerias, reboques e retroescavadeiras. Além disso, o Brasil dependeria do vizinho para manutenção e ampliação do transporte coletivo, já que cerca de 70% dos ônibus brasileiros são montados na região Sul. 
Fonte: Livros e Cappuccino 
Fonte: Mundo Estranho.

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