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18/03/2016 10:30


Otávio Reichert - INTEGRANDO 19/03/2016

Faca! Dito assim, com exclamação, quer dizer “eu fora” em pegadinhas. 
Referente ao tema, o RS é o estado com o maior número de colecionadores de facas antigas. O gaúcho tem fascínio por armas brancas, diferenciadas conforme a finalidade. A qualidade da faca está no aço rico em carbono (1070 ou acima) ou ainda com níquel/cromo (15N20). Interfere o trabalho de forja realizado pelo cuteleiro, o fazedor de facas. Isto para as facas artesanais, e não as industrializadas. O importante da faca está em pegar e segurar o fio. Carneadeira ou peixeira? Este dizer do gaúcho vai conforme a origem do peão.
Qual a marca da sua faca? Geralmente impressa na lateral esquerda, próxima ao cabo. Várias marcas antigas lembram nossa fauna, citando Tatu, Vira-bosta, Formiga, Perdiz, Besouro, Touro, etc. Da nossa flora e utensílios, como a Coqueiro, Corneta, Cosmos, ou o nome do criador, citando a Tramontina e Collins.
Destacam-se as facas Solingen, marca alemã da “cidade das lâminas”. Naquela região há fundições de até 2000 anos. A vila foi destruída por ataque aéreo durante a 2ª guerra mundial, mas se restabeleceu e ramificou para países europeus e outros continentes, surgindo com nomes como a Scheffield, Burgon Ball, Cosmos, Broqua & Scholberg, que se destaca na Argentina.
Nas Missões temos vários cuteleiros artesanais. Dari Matos é o criador das facas DM, bastante conhecido na capital missioneira por extrair boa têmpera de metais extraídos de discos de arado, tesouras de tosquia, etc. Cada faca tem seu próprio "DNA". Do disco marca Tatu, cuidadosamente recorta o símbolo para ficar na posição tradicional.

O cabo: O feitio do cabo pode ser feito com madeiras duras, chifre de boi, canela de cervo, de ovelhas, de rabo de tatu, sendo o oco preenchido com massa especial. Temos ainda os cabos de metais, destacando as lapidadas em prata, estilizadas conforme sua finalidade.

Uruguai e Argentina: Países com muitos colecionadores e fabricantes, como a Santa Fé, que produz belas facas “domingueiras ”, ou seja, decoradas com esmero, destacando-se na cintura do peão. 

Cuidados: Evite guardar a faca suja ou engordurada, principalmente na bainha. O sangue é um dos principais itens contaminadores. As lâminas em aço carbono têm a vantagem de serem afiadas mais facilmente que as facas em aço inox. Como desvantagem a facilidade de oxidação (ferrugem), inclusive com o suor do corpo. Após lavá-la com sabão neutro carece secá-la bem, podendo passar fina camada de óleo de cozinha ou vaselina antes de guardar a faca, inclusive nas partes próximas ao cabo. Podemos ainda envolvê-la em folha de papel (PVC) antes de embainhá-la. Ao afiar uma faca devemos cuidar para não superaquecer a lâmina, evitando comprometer o segurar do fio.

Compras: Como há muitas falsificações neste mercado, haja vista o alto custo das facas mais destacadas, tenha precaução na aquisição.
A marca da sua faca não constou nesta coluna? Não fique frustrado. É amplo o universo delas. Evite deixá-las ao alcance das crianças...

Sniper: Se lê “snaiper”, e significa atirador especializado em armas e tiro de precisão. Teve sua origem na Guerra Civil Americana, no século XIX. Um oficial americano criou um grupo de atiradores de elite para atingir os oficiais adversários a distância, desestabilizando seu comando. Os atiradores foram recrutados entre colonos da fronteira, que eram muito hábeis com seus rifles ao caçar vários animais, entre eles pássaros pequenos e muito rápidos, o snipe (narceja) que para serem atingidos carecia de muita precisão.

Amor: Um vovô, 75 anos, cego por causa de catarata há 15 anos disse para sua neta: - Sua avó é a coisa mais linda do mundo, não é?
- Sim, ela é, meu querido vovô! (E ele)
- Eu ainda vejo a beleza dela todos os dias. Na verdade, vejo mais agora do que costumava ver quando éramos jovens.

Tiririca: Está para ser cassado por falsa ideologia, pois dizia. “Vote no Tiririca. Pior do que está não fica!” 

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