Na sexta-feira (20/05), foi realizada a primeira etapa do processo de capacitação em Proteção de Nascentes, voltada para engenheiros e técnicos agrícolas da Coopatrigo. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar junto à cooperativa que tem sede em São Luiz Gonzaga, no Noroete gaúcho. O objetivo foi apresentar a atividade de proteção de nascentes, também chamadas de fontes protegidas, que a Emater/RS desenvolve ao longo de toda a sua história para as famílias rurais do RS. Trata-se de uma ação socioambiental que envolve a construção de um sistema de captação de água das nascentes para usos múltiplos nas propriedades rurais para as famílias que não têm acesso a sistemas públicos de abastecimento de água, assim como a sensibilização quanto às questões ambientais e legais que envolve a atividade.
A abertura do evento foi feita pelo diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri, pela gerente técnica adjunta, Luana Machado, pelo presidente da Coopatrigo, Paulo Pires, e foi mediada pela técnica da área ambiental da Coopatrigo, Aline Schonarth. A apresentação foi ministrada pelo Coordenador Estadual da Área de Saneamento Básico e Geoprocessamento da Emater/RS-Ascar, Gabriel Katz. Também participou a extensionista rural social do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar em Santa Rosa, Lizete Primaz. A expectativa é que a próxima etapa da capacitação aconteça com as equipes do município de Santa Rosa.
Nesta capacitação, Katz apresentou o roteiro técnico e debateu possibilidades de intervenções nessas áreas de preservação permanente (APPs), dentro das normas legais vigentes, ações que envolvem o cuidado com a água a fim de contribuir para uma produção mais sustentável. E também a importância da água e a formação das nascentes e distribuição da água no subsolo, elementos da bacia hidrográfica e contaminação da água subterrânea, o novo Código Ambiental do RS, as principais ações para proteger a água, como o aumento da capacidade de infiltração no solo e proteção das áreas ciliares às nascentes e rios e a cobertura vegetal, além do controle da erosão hídrica e da contaminação ambiental. E por fim, a proteção de nascentes como alternativa para abastecimento de água para usos múltiplos no meio rural e outorga de uso da água.