O termo que dá título a este artigo foi cunhado em 2015 e representa a unificação do mundo físico com o digital. O físico tem a ver com pessoas, com nossas emoções, qualidades, defeitos e por aí vai. Já o mundo digital é quando mandamos bem na tecnologia e nos posicionamos virtualmente. Entretanto, estamos conseguindo equilibrar o físico e o digital?
Quando interagimos "a moda antiga", conversando com as pessoas, apertando a mão, ouvindo, falando, chorando, estamos na verdade trocando percepções e emoções. Pense na motorista do Uber que conversa com a pessoa que parece triste e se adapta aos diversos tipos de clientes que entram no carro. Ela trabalha a partir de um aplicativo, mas é um humano que está ali, alguém sujeito a acerto e erros, como eu e você. Essa interação real é muito difícil de ser replicada por softwares, mesmo os mais modernos. Lembra de quando sua avó penteava seu cabelo? Há algo no mundo que possa chegar perto disso?
Por outro lado, a tecnologia nos ajuda a resolver problemas do dia a dia e nós ganhamos produtividade. Os diversos apps no seu celular devem facilitar muito sua vida. Ou você prefere ir ao banco pagar uma conta ou ligar para a empresa de taxi e aguardar angustiado a chegada do carro? Enfim, não há dúvidas de que a inovação tecnológica está nos tornando mais produtivos. Mas, há um problema, o mundo digital é frio, falta a emoção da interação, falta alguém para chorar conosco quando algo dá errado. No meio empresarial cresce muito a estratégia de unificar o "calor humano" com as novas tecnologias - buscando assim construir experiências fisitais - esse é o movimento atual dos grandes varejistas.
Mas e nós? Será que não estamos convencidos de que há um "oito ou oitenta"? Devemos ser físicos ou digitais? Alguns parecem fadados a ficar no mundo físico, com hábitos que tomam tempo e que, na verdade, não são mais necessários. Já outros parecem zumbis digitais, falam olhando para a tela do smartphone, enviam mensagem para alguém que está na sua frente, não aproveitam o show de rock para postar tudo no Instagran. Enfim, talvez tenhamos que buscar o equilíbrio. Os muito físicos precisam sim se inserir no mundo digital, mas também os muito digitais precisam conhecer o mundo real! Será que estamos conseguindo ser fisitais? Acho que esse é nosso próximo desafio!
Alexandre Garcia
Doutor em Administração, Speaker, Facilitador de Programas de Desenvolvimento de Lideranças e Prof. de MBA.