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07/02/2023 12:44


A morte dos Caciques Sepé Tiaraju, Nicolau Ñanguirú e 1511 índios

Batalha de Caiboaté 7 e 10 de Fevereiro de 1756: fazendo memória pelos caminhos da luta e da resistência. 
Desde 2004, no mês de fevereiro, os Guarani marcam presença em São Gabriel para homenagear Sepé Tiaraju, símbolo da luta por uma Terra Sem Males. Recordam um guerreiro Guarani que lutou até as últimas consequências em defesa de seu povo e pelo direito de viver em paz em seu território. Sepé enfrentou no seu tempo os dois grandes impérios da época, Espanha e Portugal, os quais tinham interesses econômicos e políticos sobre os seus territórios. Sepé não lutou sozinho junto a ele encontravam-se milhares de Guarani e indígenas que não aceitaram deixar sua terra, seu território em troca de interesses políticos, econômicos, religiosos das grandes potências da época. 
 

Sepé foi morto no dia 7 de fevereiro de 1756 pelos exércitos de Espanha e Portugal e no dia 10 do mesmo ano em Caiboaté foram massacrados mais de 1500 Guarani que lutavam em defesa de sua terra.
Os Guarani retomam não só a memória da luta de seus antepassados, mas também as suas lutas de hoje.
Encontro Guarani em São Gabriel/RS.


Revista-IHS. 10 de fevereiro de 1756, batalha de caibaté. Guerra guarinítica foi o conflito armado que enfrentou, entre 1754 e 1756, aos indígenas das missões jesuíticas-Guaranis e os exércitos espanhóis e portugueses, como consequência do tratado de Madrid ou de leilão, em 1750. Perto de 500.000 quilómetros quadrados de territórios, dentro do qual estavam os sete prósperos povos de: São Luís Gonzaga, São Nicolau, São Borja, São Miguel, São Lourenço, São João Batista e Santo Ângelo, além de estadias pertencentes às reduções de: Concepção, Apóstolos, são Tomé, yapeyú e a cruz que se encontravam ao ocidente do Rio Uruguai, deveriam ser entregues a Portugal e no termo de um ano, 29.191 guaranis deviam sair da região com todos os seus bens e transpostos para o ocidente Do Rio Uruguai ou ficar e aceitar a soberania portuguesa. Em troca, os portugueses deviam entregar aos espanhóis colónia de sacramento.
 

A notícia do tratado a comunicou aos povos o superior das reduções p. Bernardo Nusdorffer em 1752, quem recebeu uma recusa guarani de submeter-se aos desígnios dos europeus. Os caciques pegaram nas armas e no ano seguinte, quando os demarcadores do novo limite, chegaram ao posto da capela de santa tecla (hoje Bagé), Os guaranis impediram o passo. Portugueses e espanhóis voltaram ao local, ao comando do governador de Buenos Aires José de Andonaegui, o de Montevidéu José Joaquín De Viana e o de São Paulo e rio de Janeiro Gomes Freyre de Andrade.


Se travaram várias batalhas, salientando a de yapeyú onde os guaranis no comando de seu cacique Rafael Paracatu, conseguiram repelir os espanhóis, mas depois foi capturado no combate de daymán e levado para Buenos Aires. O Cacique José Sepé Tiaraju enfrentou os portugueses, mas foi vencido e depois assassinado por Viana, sendo sucedido por o Cacique Nicolau Ñanguirú. Este comandou as forças na batalha de Caibaté (10 de fevereiro de 1756), Sendo exterminadas pelo exército aliado que massacrou 1.511 guaranis, incluindo seu líder. Conseguiram fugir algumas centenas, mas 154 ficaram presos. O exército aliado sofreu apenas 4 mortos (3 espanhóis e um português). Os guaranis antes de fugir de seus povos os incendiaram. E o pior que nunca se concretizou a troca, e em 1761 Carlos III anulou o tratado de Lisboa. As Missões foram arruinadas, com cerca de 10.000 mortos e os jesuítas acusados de instigadores da resistência foram expulsos de Portugal em 1758 e de Espanha em 1767. Os Bourbons foram mais longe e pediram e conseguiram a dissolução da companhia de Jesus através do Papa Clemente XIV EM 1773. 
Site: Batalha de Caiboaté 
Site: Monumento Sepé Tiarajú em São Luiz Gonzaga 
Site: Monumento ao Sepé Tiarajú em Santo Ângelo 
Site: Monumento para Sepé Tiarjú, Nicolau Ñanguirú e 1511 indios em São Gabriel 
Site: Oratório dos Guerreiros Missioneiros 

Notícia: 7 de Fevereiro de 1756 morre Sepé Tiaraju
 

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