O Dia da Terra é celebrado todo dia 22 abril desde 1970. A data marca o início do movimento ambiental no mundo. A cada ano adota-se um tema para orientar as ações realizadas no Dia da Terra. Este ano o tema é Restauração da Terra, que enfoca não apenas a necessidade de reduzir nosso impacto no planeta à medida que nos recuperamos dos efeitos da Covid-19, mas também como podemos desempenhar um papel na reparação dos danos que temos feito. Devemos olhar para os processos naturais, tecnologias verdes e pensamento inovador que podem ter um impacto duradouro e transformador para restaurar nossa Terra.
Ao longo deste período (1970-2021), a sociedade vivenciou profundas mudanças ecológicas, sociais, políticas e econômicas. Atualmente, se depara com um conjunto de desafios ambientais e sociais em escala planetária, que engloba desde a perda de biodiversidade, degradação do solo, da água e do ar, mudanças climáticas, ocorrência de eventos climáticos extremos e à poluição plástica, até a pobreza e a desigualdade, além da pandemia de COVID-19 que assola vários países. O enfrentamento destes desafios exige o engajamento de todas as pessoas, para muito além do papel exclusivo e fundamental do Estado (e do governo).
Desta forma, a Assembleia Geral da ONU estabeleceu que entre os anos de 2021 e 2030 será a Década da Restauração dos Ecossistemas Degradados, objetivando o combate às mudanças climáticas, proteção a biodiversidade (vegetal e animal), a segurança alimentar, garantindo a vida para mais de 7,8 bilhões de habitantes do mundo em 2020 e mais alguns bilhões dentro de 10, 20 ou 30 anos e a consecução plena dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e suas metas (Agenda 2030).
Em suma, o pano de fundo nessas discussões é a questão dos limites da soberania nacional em temas, problemas e desafios ambientais que afetam diversos países, continentes ou o mundo/planeta todo. Por exemplo, a questão dos rios e bacias hidrográficas internacionais, o uso de combustíveis fósseis que tantos males tem causado ao planeta e aos seus habitantes, o desmatamento acelerado das florestas tropicais, as queimadas de biomas importantes, como as que aconteceram no ano passado no Pantanal, na Amazônia e no Cerrado, a degradação das savanas que abrangem diversos países, a poluição dos oceanos, o aquecimento da terra e outras mazelas mais.
Sendo assim, podemos dizer que o tema central das discussões e da luta ambientalista a partir de agora, de forma mais enfática e efetiva, terão dois focos principais e interligados: as mudanças do clima e como podemos e devemos fazer para combater este perigo iminente e como podemos evitar a degradação ambiental em geral. Esse movimento importante nos leva a refletir sobre as diversas questões que afetam nosso planeta e serve para revermos nossa postura, adotando práticas mais sustentáveis, visando a preservação da natureza e garantia de um planeta cada vez mais sustentável para a nossa e as futuras gerações.
E como disse Kathleen Rogers, Presidente da Earth Day Org, “neste Dia da Terra, temos uma oportunidade importante de desafiar nossos líderes a se comprometerem com a ação ambiental em escala global. Estamos à beira de um precipício - se não agirmos agora para reduzir a degradação ambiental, não haverá caminho de volta.”
Por isso, na FASA acreditamos que todos os dias deveriam ser o Dia da Terra, sendo vital que continuemos a agir durante todo o ano. Aqui estão algumas outras maneiras pelas quais você pode viver de forma mais sustentável, incluindo ser mais consciente sobre o que você compra, mudar para energia renovável, voar menos e participar de um grupo de campanha local.
Também, aproveite esta época para fazer alguma coisa boa para o planeta mãe Terra, como plantar uma muda, convocar os amigos para ajudar a coletar o lixo da praça ou parque que você frequenta, colocar lixeiras perto dos rios para evitar lixo nos córregos e muito mais pode ser feito.
O importante é passar a mensagem de cuidar do nosso planeta, afinal esta é a nossa casa. Estamos nessa luta junto com nossa Mãe Terra!
Professora Carlise Patrícia Pivetta
Coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária