Antes da aprovação das leis ambientais, como a Política Nacional de Resíduos (Lei nº 12.305/2010), pouco se falava da destinação dos resíduos orgânicos. Gradualmente, surgiram maneiras mais ecoeficientes para a gestão desses resíduos e uma delas é a reciclagem por meio de tratamento biológico.
No Brasil, a fração composta de materiais orgânicos representa em média mais de 50% do total dos resíduos gerados, e conforme a PNRS, esses não devem ser descartados indiscriminadamente. É necessário que os geradores se esforcem para promover uma gestão de resíduos eficiente.
E essa gestão de resíduos orgânicos contribui para o desenvolvimento sustentável aumentando a vida útil de aterros sanitários, reduzindo a geração dos resíduos e os destinando de forma ambientalmente correta. Além disso, a gestão viabiliza as ações de triagem dos resíduos recicláveis e reutilizáveis, contribuindo assim para a redução dos níveis de poluição ambiental.
Fazer gestão de resíduos orgânicos significa adotar um conjunto de ações adequadas nas etapas de coleta, armazenamento, transporte, tratamento, destinação final e disposição final ambientalmente adequada, objetivando a minimização da produção de resíduos, visando à preservação da saúde pública e a qualidade do meio ambiente.
E dentro desse cenário, a FASA visualizou a compostagem como uma alternativa de realizar o gerenciamento dos seus resíduos orgânicos, como também, a própria geração de fertilizantes orgânicos. O tratamento consiste em um processo biológico de reaproveitamento, que é realizado sob um rigoroso controle em todas as etapas, que são monitoradas com frequência, de forma a aperfeiçoar resultados e evitar fatores negativos, como maus odores e presença de vetores.
Segundo a coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, professora Carlise Pivetta, “através dessa implementação, conseguimos aproximar práticas agroecológicas e técnicas de engenharia. E aqui na FASA, os acadêmicos de Engenharia Ambiental e Sanitária poderão vivenciar na prática, o Gerenciamento de Resíduos Sólidos, desenvolver projetos de melhorias energéticas e gestão ambiental. Com pequenas e constantes ações, podemos, sim, ser mais sustentáveis”, explica.
Fonte:
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). (2010). Pesquisa nacional por amostra de domicílios (PNAD). Rio de Janeiro: IBGE.