Paixão de Cristo – Quem passou dos 40 anos há de entender melhor que, nos idos tempos, na Sexta-feira Santa quase não se ouvia música no rádio, se as crianças gritassem eram severamente reprimidas, etc. Os tempos mudaram, mas permanece o respeito ao dia, ao significado maior, lembrando dor e um amor profundo ao legado de Jesus Cristo.
Aprofundemos este sentimento com a perda de tantas vidas por causa do Coronavírus. Queira Deus que superemos esta fase e nos retorne o espírito de paz, mas também a presença divina em tantos corações levianos.
Para aprofundar este sentimento, apresento-vos uma poesia criada pela jovem poetisa castelhana Mabel Casas, (de Catamarca – Argentina) que fê-la após ver as fotos registradas pelo meu filho Leandro, que fotografou sua vó (minha mãe) poucos dias após a partida do vô, em Ago. 2018. Traduzida ao português, está também em vídeo, pelo vídeo no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=yYfqSLhXubI
Eis a poesia...
Falta
O desalmado do sol saiu hoje,
Isso não é suficiente para me levantar.
Parar o tempo no meu corpo eu quero:
Não lavarei minha pele do seu abraço,
Nem minha boca do seu beijo.
A luz não sabe o que faz em nosso quarto.
Não importa que doa, eu me importo com o cheiro,
Eu vou ficar assim até que sua essência também se evapore.
Quando fico muito quieta, ainda posso ouvir seu eco pela casa.
Eu já cumpri, minha missão de te amar e tudo o que restou disso.
O único desejo que me habita é a tua presença.
Eu não fiz nada para você partir.
Por que eu deveria ficar?
Uma sensação desconfortável percorre meu corpo,
meu peito dói, o ar, o confinamento.
Humor – Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
— Cristo. Jesus Cristo.
— Só isso? Porque eu acho que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim se justifica de ter coelho da Páscoa, não acha?
Na poesia abaixo, deste poeta (Otavio Reichert) explica-se, baseada em fontes de pesquisa.
O COELHO
Na Europa um belo coelho cuidava dez filhotinhos.
Porém o lobo dos bosques farejava pelo ninho.
A onça também com fome viu o lobo predador.
Que para não ser caçado deixou de ser caçador.
O coelho então foi morar num galpão abandonado.
Mas crianças lá brincando viram eles assustados.
Uma duquesa alemã adotou os coelhinhos.
e de presente às crianças mandou dez chocolatinhos.
Já passado quase um ano nasceram muitos filhotes
e ela doou mais ovinhos levados por sacerdotes.
Nas celebrações de Páscoa lembro a história dos coelhos
que pra nós trazem presentes chocolates e conselhos.