Cemitério perdido? Sim! Assunto abordado na semana passada, em especial aos missioneiros, sobre um cemitério abandonado. Quantos corpos ainda jazem ali?
Sem mais delongas, diga-se que o tal cemitério ficava próximo ao Rio Ijuí, lado direito da estrada após a ponte no sentido Entre-Ijuís/Santo Ângelo. Para melhor compreensão, pela RS 342, direção norte/sul, fica no capão de mato situado no lado esquerdo após a Polícia Rodoviária Estadual. Após ouvir algumas narrativas, fui orientado a procurar o senhor Delírio Carlos Reimann, 76 anos, este residindo no Bairro São Joaquim, em Entre-Ijuís. Veja seu relato, que transcrevo:
“Nasci em 1944, e meus pais se mudaram ao local quando eu tinha 6 anos. Lembro que já estava abandonado antes mesmo da construção da Ponte, a qual foi finalizada em 1952, ligando Santo Ângelo com Entre-Ijuís. Que o cemitério ficava nas terras do Sr. Mundsctock, este também proprietário de uma olaria. Que nas beiras do cemitério se fazia muitos despachos e macumbas. Ainda na infância, quando tinha uns 12 anos, ao tentar pegar um boi desgarrado caiu com as patas dianteiras dentro de uma tumba, deixando exposto os restos de uma criança com cabelos compridos, para espanto seu.
Narrou algumas façanhas do Seu Cesáreo Kowalski e de outro vizinho, de sobrenome Katzen, que ficou temeroso quando uma cruz, caindo do barranco que se fez com a construção da rodovia, veio parar defronte sua casa.
E já emendou outro chasque: que após a finalização da ponte, o governo gaúcho implantou cobrança de pedágios para passar na ponte. Um entre-ijuense, dono de uma serraria, quis explodir a ponte. Havia uma casinha em cada lado do rio, onde os guardas efetuavam a cobrança para veículos e pedestres, inclusive para a passagem de animais, o que fazia muitos tropeiros cruzarem pelo vau logo abaixo da ponte para evitar a cobrança. Sem êxito na explosão, foi o mentor de correr com os guardas, o que conseguiram. Ato contínuo, jogaram a casinha dos guardas dentro do rio, levando-a de ponta cabeça. E que assim finalizou-se a tal cobrança de pedágios.”
Outros relatos vieram do amigo Sadi Barbieri, que também vivenciou por ali, e quando estudante de Entre-Ijuís, mas residindo no atual Bairro Haller, fazia o sinal da cruz cada vez que passava pelo cemitério. E diz que, sob a terra, há vestígios da presença de metais preciosos. Seriam alguns dentes de ouro de um ente falecido?
Fumantes: Por vezes temos a impressão que estamos vencendo a luta contra o tabagismo, mas estamos longe disso. Visitando a região do Pampa Gaúcho, soube que Bagé tem alto índice de fumantes. Em Santana do Livramento, no Hotel Acrópolis, eis o que estava escrito aos hóspedes, sob o vidro do bidê:
“É expressamente proibido fumar dentro dos quartos e em áreas comuns aos hóspedes. Caso seja identificado odor de cigarro, cobraremos uma taxa de R$ 150,00 referente a higienização.”
Humor - Noite escura, passando pelo cemitério, eis que um gaúcho ouviu gemidos vindos de lá.
- Hummm... Hummm Hummm!
Enchendo-se de coragem, perguntou: - Do que é que essa pobre alma precisa?
E uma voz respondeu: - Papel higiênico!