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09/04/2019 13:03


Gregório Fortunato o Anjo Negro de Getúlio Vargas

Grande parte da história politica do Brasil esta escrita entre os túmulos de Getúlio Vargas e João Goulart no cemitério Jardim da Paz em São Borja, RS.
Gregório Fortunato era o chefe da Guarda Pessoal do Presidente Getúlio Vargas conhecido como Anjo Negro devido ao seu porte físico e sua etnia.  Vídeo do Túmulo de Gregorio Fortunato.
Gregório Fortunato como Getúlio Vargas nasceu em São Borja em 24 de janeiro de1900 e faleceu em 23 de outubro de 1962 (enterrado no Cemitéio Jardim da Paz em São Borja.) na prisão assassinado, onde cumpria condenação de 25 anos de prisão por ser o mandante do "Atentado da Rua Tonelero" episódio eu foi o estopim de uma série da acontecimentos que se deram em sequencia que culminaram com a morte do Presidente Getúlio Vargas.
Fortunato era filho dos escravos alforriados Damião Fortunato e Ana de Bairro Fortunato. Foi casado com Juraci Lencina Fortunato, com quem teve um casal de filhos.
Trabalhou como peão de gado nas fazendas da região, e teve sua aproximação com o clã Vargas em 1932, após participar da Revolução Constitucionalista de 1932 como soldado do 14º Corpo Auxiliar de São Borja (hoje Brigada Militar do Rio Grande do Sul), unidade comandada pelo coronel Benjamin Vargas, irmão do presidente Getúlio Vargas.
Após o fracassado Golpe Integralista contra Vargas, Benjamin criou uma guarda pessoal para proteger o presidente, e ainda recrutou 20 homens de confiança em sua cidade, entre os quais Gregório, que pela sua confiança e fidelidade se tornou o chefe da guarda até o final do Estado Novo.
No dia 5 de agosto de 1954 ocorreu o evento considerado como o mais dramático da história política brasileira, e que viria ser conhecido como "Atentado da Rua Tonelero", ou seja o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, ferrenho opositor de Getúlio Vargas. Gregório Fortunato foi acusado de ser o mandante do crime, do qual Lacerda saiu levemente ferido, não tendo a mesma sorte o major da Aeronáutica do Brasil, Rubens Florentino Vaz, que morreu a caminho do hospital.
A polícia fez busca e apreensão na casa de Gregório e encontrou papéis que mostravam, que apesar de receber um salário justo adquirirá um patrimônio milionário.
Quando os documentos vieram a público, Getúlio Vargas ficou profundamente abalado.
O atentado desencadeou uma crise política que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas, com um tiro no coração, em 24 de agosto de 1954. 
A crise política em particular com os militares inconformados com morte de um dos seus, agravada pelos ataques violentos de Lacerda e seus seguidores ao presidente, sem que houvesse um moderador, agigantou a onda contrária a Getúlio Vargas. Diante dos pedidos de renúncia à presidência que começaram a se multiplicar, em 23 de agosto o presidente reuniu-se com os seus ministros no Palácio do Catete, a fim de analisar o quadro político. Ficou decidido que o presidente entraria em licença, voltando ao poder quando as investigações sobre o atentado estivesse concluídas. Duas horas mais tarde, quase às cinco horas da manhã do dia 24, Benjamin Vargas, irmão de Getúlio, chegou ao Palácio com a informação de que os militares queriam mesmo a renúncia. Como resposta, ao se retirar para o seu quarto, Getúlio afirmou: "Só morto sairei do Catete!" Momentos mais tarde ouviu-se um tiro: Getúlio estava morto com um tiro no coração.
Os acusados do crime da Rua Tonelero foram levados a um primeiro julgamento: Gregório Fortunato foi condenado há 25 anos como mandante do crime, pena reduzida há 20 anos por JK e há 15 por Jango.
Em 23 de outubro de 1962, Gregório Fortunato foi assassinado na penitenciária Frei Caneca, no Rio de Janeiro, o que é apontado por muitos como queima de arquivo, já que o "Anjo Negro" escrevera um caderno de anotações, único objeto de sua propriedade que desapareceu na prisão após sua morte. 
Getúlio Vargas, morre em 1954. Gregório Fortunato é preso, condenado em 1956 vive oito anos na prisão onde é assassinado em 1962.

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