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24/03/2020 09:00


A Missão de Reinventar-se

Nada neste plano terreno é estático, tudo muda, se transforma.  O mundo contemporâneo é perverso onde, às vezes, somos voltados a olharmos pra fora numa sociedade consumista que “coisificou” as pessoas fazendo com que elas fujam de si mesmo e aceitem certas mentiras interesseiras com naturalidade. Nós somos responsáveis por nossos atos e escolhas. Cada dia que nasce é um novo instante para a gente dizer para a gente mesmo que devemos ser melhor do que no dia anterior.  
Se antes tínhamos padrões mais rígidos e se achávamos que a nossa maneira de ver e de pensar era a correta hoje, porém, não podemos ficar estáticos. Nossa vida tem que ter sentido. Há que se ver a vida numa visão holística numa ótica mais ampla, mais aberta e, ao mesmo tempo, nos perguntarmos: o que nos faz feliz?
Um dia desses observei uma poça d’água parada numa cavidade rasa onde em cima, na água, já estava criando uma espécie de ferrugem. Por um tempo fiquei pensando na realidade desse volume d’água desgarrado e ali aprisionado sem utilidade a não ser para evaporar-se à ação do sol e o solo ficar danificado. E imaginei isso, num comparativo simples, com o ser humano que não quer reinventar-se e absorve a “ferrugem” da inércia sendo estático.
A reinvenção de si é saber aproveitar os valores e o lado bom dos cenários que se nos apresentam no dia a dia.
Se dissermos que o tempo voa então a gente é o piloto e se argumentamos que a vida escorre então nós devemos nos ver como timoneiros singrando correntes para chegarmos ao porto seguro da realização plena.
Às vezes, em nossa caminhada, pilotando ou timoneando a vida a gente precisa parar e mentalmente organizar a realidade que desejamos criar. Nisto implica entendermos e vivermos o processo de metamorfose, libertar-nos do próprio casulo, pois nosso desafio também é virar a página, ver a vida numa nova abordagem, começar a mudança por nós mesmos, atrair coisas positivas, encontrar-nos  e agirmos para que aconteçam as boas oportunidades.
A responsabilidade é nossa, não existe fórmula pronta, devemos pensar, fazer as escolhas mais acertadas possíveis, valorizar o momento presente, não nos distanciarmos da realidade e plantarmos boas sementes em solo fecundo, mexermos com as próprias sinergias secretas aquelas que sejam multiplicadoras dos nossos valores internos, colorirmos a vida com tons que não se apagam, termos um ponto de partida e a partir dele estarmos determinados em nos reinventarmos tendo também o senso crítico daquilo que nos convém, mas, sobretudo, daquilo que convém a todos, pois a construção correta do modelo de uma nova sociedade deve passar primeiro por aquilo que é bom para todos antes daquilo que é bom para si, ou seja, para o sujeito individualizado.
Somos nós que devemos solucionar os nossos próprios problemas e fazermos acontecer nos libertando das regras e imposições da sociedade e não ficarmos enclausurado em nosso “eu”.  A gente é a melhor pessoa para ajudar a gente mesmo e estar sempre em construção procurado ser sábio, pois ser sábio, é saber mudar a si próprio para se adaptar melhor às outras mudanças. 
Reinventar-se é buscar a nossa própria inovação para enfrentarmos novos desafios.
O nosso município, o nosso Estado e o nosso Brasil somos nós, portanto a nova sociedade mais justa, mais harmônica e com mais cidadania que almejamos só acontecerá se nós vivermos um tempo novo com mais sentido fraterno onde cada um seja bem sucedido e sem angústias mantendo ideais de vida e conservando o afeto e a consonância para com o seu semelhante. 
Urge que sejamos motrizes “sem moer os outros”, que tenhamos atitudes, que saibamos ouvir, querer, sentir, pensar e fazer e que coloquemos nossos planos em prática.
Para reinventar-se é preciso nos perguntarmos: quem nós somos de verdade? Nos olharmos no espelho, melhorar a nossa auto estima, sairmos do egoísmo crônico, fazermos um incursão na forma de uma viagem para dentro de nós mesmos, acendermos a luz interna auto reguladora que faz a conexão com nós mesmos na forma do auto conhecimento, melhorarmos os nossos relacionamentos e a nossa empatia que, na verdade, é a gente colocar-se no lugar do outro sabendo “ler” o outro, nos conectarmos com as pessoas, recomeçarmos, nos recriarmos a cada momento, tomarmos nas mãos e na mente as rédeas da vida.
Ao alcançar um objetivo, ou seja, depois da meta atingida é hora de re-avaliarmos o que está bom e o que precisa ser melhorado, exercitarmos relações ganha-ganha, buscando o aprendizado diário e mantendo a inteligência intuitiva. 
Cada um de nós tem uma missão aqui na Terra e fica muito melhor quando experimentamos e vivemos na prática as noções da ética, do bom senso e da fraternidade com disposição, trabalho e persistência tendo como embasamento sólido missão de nos reinventarmos constantemente. 
Portal: Escritor João Antunes poeta, historiador e compositor 
Facebook = João Carlos Oliveira Antunes
Bossoroca (55) 9999-42970 joaoantunes10@terra.com.br 

 

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