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20/11/2020 11:00


Brasil tem 'Hino à Negritude'

O Brasil ganhou em maio de 2014 um novo hino, por incrível que pareça. Em todos os eventos voltados aos negros no país, como um congresso para discutir questões raciais ou um festival de cultura afro, terão obrigatoriamente que começar com a execução do Hino à Negritude, uma composição com mais de 70 anos de idade assinada por Eduardo de Oliveira, militante histórico do movimento negro no Brasil e primeiro vereador negro de São Paulo.
A lei que oficializa o hino e determina que seja "entoado em todas as solenidades dirigidas à raça negra" foi publicada no Diário Oficial da União. 
A institucionalização do Hino à Negritude foi conquistada depois de um longo trajeto: foram cinco projetos de lei e 48 anos de espera. A proposta de oficializar a composição em todo o território nacional foi apresentada ao Congresso pela primeira vez em 1966.
Reproduzindo o tom ufanista de muitos hinos nacionais, o Hino à Negritude evoca imagens épicas logo nas primeiras estrofes: "Sob o céu cor de anil das Américas / Hoje se ergue um soberbo perfil / É uma imagem de luz / Que, em verdade, traduz / A história do negro no Brasil / Este povo, em passadas intrépidas / Entre os povos valentes se impôs / Com a fúria dos leões / Rebentando grilhões / Aos tiranos se contrapôs".
A letra também menciona Zumbi, o Quilombo dos Palmares e os orixás, e elogia a beleza da "tez cor de ébano". Morto em 2012, aos 86 anos, o autor Eduardo de Oliveira não viveu para ver sua obra ganhar as páginas do Diário Oficial. 
Vídeo: 20 de novembro dia da Consciência Negra. Vídeo de Nabby Clifford Negro ou Preto?

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