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07/04/2017 16:45


Otávio Reichert - INTEGRANDO 01/04/2017

O GAÚCHO: Esta abordagem seria publicada na Revista Ronda Gaúcha, do                                                                                    companheiro tradicionalista Felipe Menezes. Com fotos captadas pelo fotógrafo Edgar Cavalheiro, onde eu e um gurizito servimos de modelo para o uso do chiripá, a ceroula, etc. Mas por diminuir o número de páginas da revista... Segue a 1ª parte:

Das origens: Seja pelos hábitos, pelas vestes e/ou maneira de se expressar, o povo gaúcho se reveste como uma das identidades mais fortes do Brasil. “Eu sou do Sul” foi o tema definido pelo MTG para 2014 aos festejos farroupilhas, o qual remete às origens, ao jeito de ser. Conforme o historiador Tau Golin, precisamos retornar doze mil anos e atrelar os territórios atuais do Uruguai, Argentina e sul do Brasil para contextualizar os ancestrais do gaúcho. Das heranças indígenas, destacando os caingangues no Planalto, e mais ao sul os Pampeanos (mais numerosos – vários grupos), estas tribos tinham hábitos singulares entre si, as quais se mesclaram com o homem branco. Da união deste com a mulher índia se gerou, digamos assim, o primeiro gaúcho. Afora suas características identificadoras, este chasque também abordará alguns utensílios primitivos, as principais vestes e calçados do “gáucho”, do gaudério, o homem que canta triste, alcunhas primitivas destes ancestrais.

Mozo Perdido: Assim chamado o mameluco (branco + índio) que se tornou um gaudério, vagueando a esmo. Rejeitado nas tribos pela tez diferenciada, teve que “tapar as vergonhas” para procurar emprego nas poucas fazendas do pampa. Suas vestes se resumiam a um ponche, feito com o couro da ema ao avesso, ou partes de couro animal. Surge então uma espécie de saia: o chiripá primitivo. 

China: A prenda, a esposa do gaúcho. Já no vocabulário ancestral, a filha da mulher índia com o homem branco. Vestia-se qual o mozo, campereando trabalho de forma nômade.

Chiripá: Pano retangular de tamanho maior, por vezes franjado para decoração. É considerado veste masculina, embora também usado por mulheres (Anita Garibaldi). Afirmam que o herói Sepé Tiaraju vestia chiripá avermelhado (tecido pintado com urucum - coloral culinário).

 Ceroula: Um ditado campeiro afirma que o autêntico gaúcho não usa cueca. Palavra de origem árabe (sarawil - de sarval), ou do indiano saravara, “que cobre as coxas”. Geralmente confeccionada com tecido do algodão, o mais das vezes reaproveitando bolsas de açúcar ou farinha de trigo vindas do nordeste ou da Europa. Em apresentações artísticas, peões vestem ceroula sob o chiripá. Argentinos e uruguaios batizaram-na de “calzoncillos”.

Bombacha: Deduz-se ser palavra espanhola. Das calças largas, originárias das arábias, chineses e outros povos, o sulino fez uso dela, estreitando-a na extremidade com tira de couro ou presilha para facilitar seu uso nas lides campeiras. E assim “bombachada” tornou-se identidade, apresilhada com botões no tornozelo. Há dois estilos de bombacha: a campeira, estilo uruguaia (atualmente mais estreita), e a social, com favos laterais, os quais foram acrescidos, mais para embelezar esta veste. Neste contexto convém destacar que já temos a presença do cavalo, gado e ovinos nas lides do Pampa.

Humor: O gaúcho, cavalgando num safári africano, fugia de um faminto leão. Nisto o cavalo tropeçou e caiu. Ele, saltando de lado, olhou para o céu e gritou: - Deus! Se o Senhor estiver do meu lado, que eu o golpeie mortalmente na 1ª facada. Mas se o Senhor estiver do lado dele, que na 1ª patada o leão me mate no ato... Mas se o Senhor não estiver em lado nenhum, sente-se por aí e assista, que a peleia será das boas!

Chasque: Ao confrade Claudino de Lucca, pelos méritos de sua nova obra, o romance erótico Desejos Secretos - A Mendiga da Catedral. Quem leu não ficará anônimo.
À venda na Editora Aguilar e Vinãs (Rua 3 de Outubro) ou com o poeta.

Mensagem: Só não me diga que menti por ser 1º de abril.

Site: Otávio Reichert
Facebook = Otavio Geraldo Reichert

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