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Ritmos Gaúchos



    A palavra grega "rhytmos", deu origem ao termo ritmo, o qual pode ser conceituado como um movimento coordenado, uma repetição de intervalos musicais regulares ou irregulares, fortes ou fracos, longos ou breves, presentes na composição musical. Podemos dizer que o ritmo é o elemento musical responsável por ditar tempo do ritmo da música.
    Quanto aos bailes gaúchos de antigamente os ritmos mais populares eram: anu, balaio, queromana, tatu e tirana. Porém atualmente nos bailes, os mais tocados são: o vanerão, o xote, o chamamé, a vaneira, a milonga e a rancheira.
    O Chamamé, dentre as várias versões, a mais difundida sobre a sua origem é de que o ritmo originou-se na tribo indígena “Kaiguá”, que habitavam na região entre os Rios Parana e Uruguai, no nordeste Argentino onde hoje é a província de Corrientes. Pelos índios era conhecida como “Polkakirei”, foi introduzida no Rio Grande do Sul ao ser difundida pelas rádios argentinas na fronteira gaucha.
    A palavra chamamé teria origem na frase “Che amoa memé” que significa “te protejo” para outros significa "improviso". Tradicionalmente no final de cada música, é dado o grito do "Sapukay" ( grito da alma em guarani) pelos chamameceros.
    O Bugio, surgiu no início do Séc XX e já era dançado ao som de gaitas de botão, porém ainda não era difundida como uma dança social. Na década de 50, começa a ser aprimorado com arranjos de gaitas apianadas e na década de 60 passou a ter letra própria, dando enfase a presença do macaco bugio na letra.
    A inspiração para sua criação foi no "ronco" do bugio, macaco (primata das matas do sul do Brasil) que habita nossas matas. A idéia era reproduzir o "ronco" no (pelo) acordeom, criando assim um novo ritmo que teria sido na região serrana, com destaques para as cidades de São Chico de Assis e São Chico de Paula. Hoje o Bugio é dança de salão e deu origem a grandes festivais como "Ronco do Bugio" em São Francisco de Paula e "Querência do Bugio" em São Francisco de Assis.
    A Milonga, tem sua origem no povo árabe, sendo trazida no final do século XIX, estilizada nas guitarras nos subúrbios de Buenos Aires (Argentina) e depois Montevidéu (ROU). No Rio Grande do Sul, foi introduzida ao som da viola que acompanhava os pajadores e depois com o tempo outros instrumentos musicais foram sendo adaptados.
    A palavra Milonga é de origem Bantú (povo que se localiza entre o Congo, parte da Angola e Zaire). Na África designa-se "Milongo" como um feitiço de amor, que as moças utilizam para atrair seus pretendentes. Segundo o artista Atahualpa Yupanqui: "Existem três diferentes Milongas: La Uruguaya, La Argentina y La Riograndense.
    Encontramos também a "Milonga Arrebaleira", Como o próprio nome diz: Milonga del "Arrabal" (urbana), esta é a Milonga que mudou-se do campo para cidade, com o objetivo de animar os bailes.
    O ideal seria que os ritmos tocados nos baile "tipicamente gaúcho" fossem o mais originais possível e preservando a autenticidade e identidade do nosso folclore, o qual contou com a forte influência européia e latino-americana.
    PAULO MENA PESQUISADOR

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