Pedro Arão de Mello, conhecido líder revolucionário que vinha atuando em todos os movimentos armados no Rio Grande do Sul, destacou-se na Revolução de 1923 ao lado de Honório Lemos, fracassada a Revolução de 1923, exilou-se na República Argentina, onde ficou sobre a vigilância e responsabilidade de dois guardas destacados pelas autoridades argentinas.
Logo após a Revolução de 1924, Pedro Arão de Mello, foi assassinado na localidade de Porto Xavier, então Distrito de São Luiz Gonzaga.
Conforme noticiário da Imprensa da época, o assassinato teria acontecido da seguinte maneira: um grupo de governistas teriam subornado os dois guardas argentinos e feito com que estes convencessem Pedro Arão, a embarcar em uma canoa e bandear o rio Uruguai a fim de encontrar-se com alguns amigos e correligionários que o aguardavam na margem esquerda do rio. Ao desembarcar, Arão foi surpreendido, por um grupo de Borgistas - preso e amarrado, cortaram-lhe as orelhas e os órgãos genitais dizendo-lhe que levariam as orelhas de presente ao Dr. Borges de Medeiros, então Governador do Estado.
Antes de ser degolado Pedro Arão, implorou aos seus algozes que lhe tirassem as amarras e lhe dessem uma espada e depois fuzilassem, mas que permitissem morrer brigando. Não foi atendido. Morto abriram-lhe o peito e o ventre e aí depositaram no rio Uruguai, recheado com pedras e amarrado com cordas.
Tomando conhecimento do desaparecimento do exilado, as autoridades argentinas prenderam os dois guardas encarregados da vigilância e deram inicio as investigações que culminaram com a condenação dos traidores.
Também num capão localizado nas proximidades da fazenda de propriedade do Sr. Marcirio Braga, estrada São Luiz - Pirapó aconteceu a degola de um grupo que procurava alcançar o rio Uruguai, para refugiar-se na República Argentina.
Conforme voz corrente da época esse ato desumano e cruel teria sido praticado por elementos vindos de outro município.
E assim poderíamos continuar alinhando aqui uma serie de acontecimentos praticados tanto por "Maragatos" como por "Chimangos" e que enlutaram tantos lares, deixando tantas esposas na viuvez e grande número de filhos sem pai.
Em 1984, Luis Carlos Prestes, voltou a São Luiz, e presente a uma reunião da Câmara de Vereadores, contando com a presença de pessoas interessadas, inclusive as autoridades locais fez um longo relato da organização da Coluna Prestes, historiando a partida de São Luiz, incorporação total em São Miguel, marchas e contra marchas, manobras estratégicas e táticas importantes levaram a Coluna a Bolívia.
Umas 20 mulheres acompanharam a Coluna; cozinheiras, enfermeiras, combatentes e até mesmo observadoras.
Este material que te envio esta na pagina 36 e 37 do livro.
60 dias de Domínio Revolucionário em São Luiz Gonzaga (Coluna Prestes) de Pedro Marques dos Santos. Retrata momentos e fatos que o próprio historiador presenciou. E o que é mais importante, revela a historia dos sujeitos passivos, vitimas do período revolucionário, fatos esses que os diversos livros escritos sobre a Coluna Prestes não revelam, como o relato de ocorrências de pessoas que viviam em São Luiz Gonzaga.
João Hélio Pes – Presidente da Associação de Autores de São Luiz Gonzaga.
Fonte Rosa Santos
Site: Artur Arão o Bandoleiro do Riogrande;
Site: Quem foi Artur Arão?
Site: O Delator de Artur Arão;
Site: Morte de Pedro Arão Pai de Artur Arão;
Vídeo: O Dia que Artur Arão Não Morreu - Cristiano Quevedo
Morte de Pedro Arão Pai de Artur Arão
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