Medicamentos X Covid: Tenho poucas credenciais para adentrar essa área, tema em voga. Porém, aos 33 anos de experiência como Técnico de Enfermagem e de RX, atualmente Secretário Municipal de Saúde, me amparo no bom protocolo médico criado pelo Infectologista Dr. Sérgio Jaskulski, integrante da competente equipe de saúde de Entre-Ijuís e um dos responsáveis do setor Covid do Hospital Santo Ângelo.
Dito isto, diga-se ser salutar ter receita médica antes de ingerir qualquer medicamento, evitando assim “poluir” nosso organismo. Lembro que em 2010 iniciou a restrição à venda de antibióticos no Brasil, criada em função do aparecimento de bactérias super-resistentes aos antibióticos, em grande parte geradas pelo uso indiscriminado e sem necessidade real.
Ao protocolo inicial do Covid, o lema “Fique em casa” incluía procurar atendimento clínico ao se agravarem os sintomas gripais. Já o médico era orientado a somente iniciar com terapias alternativas além dos antitérmicos após confirmar o diagnóstico, o que leva em torno de semana ou mais, e por vezes muito tarde para alguns pacientes.
Felizmente está aumentando o consenso médico de tratar de forma preventiva todos os pacientes que apresentam sintomas compatíveis ao Covid, principalmente se tiveram contato com pessoas contaminadas. A Ivermectina e Tamiflu estão entre os mais receitados. Também integra o protocolo agregar Dexametasona e antibióticos à base de Amoxicilina e Doxicilina conforme a história clínica, estes últimos carecendo de receita médica. Vários destes são receitados sem a confirmação do Covid pelo Teste Rápido, sorologia ou coleta de muco nasal, exame este realizado pelo Laboratório LACEN e atualmente restrito às equipes da saúde e da segurança. Diga-se que, salvo exceções, a Hidroxicloroquina só é receitada após a confirmação da doença.
O critério destas prescrições preventivas são contestadas por alguns órgãos e pessoas, algumas com viés ideológico. Citando a Ivermectina, destinado primordialmente para à eliminação de parasitas, esta apresenta poucas reações adversas, e ao mínimo serve como desvermifugante.
De qualquer forma, erroneamente, milhares de pessoas estão se medicando sem nenhum sintoma clínico. A estes fica a pergunta: vai seguir ingerindo meses a fora, ou repetir a dose mensalmente? Mais salutar seria ingerir alimentos e condimentos, além de realizar atividades físicas visando aumentar a imunidade pessoal. Em vez disso, ficam esvaziando algumas prateleiras nas farmácias.
Finalizo parabenizando pela iniciativa médica do tratamento precoce, pois inúmeras vidas estão sendo salvas. Com a experiência adquirida estão apresentando grande margem de acerto clínico. Já aos pacientes que forem medicados e não confirmarem o Covid não há prejuízos maiores. Todos pela saúde!
Humor: Com dores nas costas o vivente foi à farmácia, e de lá até o médico, onde explicou:
- Fui até a farmácia por causa das dores e querendo medicamento...
- Você não deve comprar remédios à toa, e nunca acredite neles. O que mais eles disseram?
- Que procurasse o senhor por ser um dos melhores médicos. Mas já que não devo acreditar neles...