Matei o lagarto morto: Lagartos parecem inofensivos, porém habilidosos, inclusive matando cobras, sendo imunes ao veneno delas. Meu velho pai controlava, a tiros, os que rodeavam a casa. Folgaram de agosto para cá, pois o caçador foi narrar suas caçadas noutro plano.
As chocas passaram a ser atormentadas, além dos gaviões, pelos atrevidos lagartos. Sim! Eles adoram comer ovos, e devoram pintinhos. A octogenária mamãe, ouvido apurado, mesmo sentada ao burburinho da conversa, num repente soltou o grito, feito sentença: - Lagarto nos pintos!
Eu chegara a pouco, visita domingueira, espetando a carne. Fração de minuto, cartuchei a espingarda 28 e ... Pah!
- O pai não errava!
O teiú, ferido, correu alguns metros e parou, ainda altivo. Ao segundo tiro aquietou-se de vez. Levantei-o pela cauda, que se rompeu no ato e ficou pulsando em minhas mãos. Deitei-o sobre uma pedra e voltei ao churrasco. Quis enterrá-lo após o almoço, mas cadê ele? Deduzi que o cachorrinho escondera-o para o jantar.
Pelas 14h ... - Outro lagarto! Corri, e orientado pelas crianças fui à janela, de onde avistei-o, deitado num trilho próximo. Atirei no ato! Estranhei a inércia e, reparando nele, sem rabo, concluí: Matei o lagarto morto!
Nova Zelândia: Paraíso turístico e de trabalho, de onde o primogênito está retornando via Buenos Aires. Como turista, ficava três meses num emprego para, ato contínuo, deslocar-se para outra cidade e recomeçar noutra atividade, mas sempre registrando fotos paisagísticas e exóticas, hobby, acessível pelo google “Leandro Reichert – Diário de fotografia”.
Emprego fácil, foi garçom e churrasqueiro, auxiliar de supermercado, ordenha leiteira, plantador de flores e de mudas frutíferas. Sua morada principal e dormitório foi uma camionete perua (Honda Hodyssey 96) que, rebatendo os bancos traseiros, cabem dois colchões de solteiro. Sem burocracias para venda, o fez para duas turistas alemãs a U$ 3.000. Preço acessível, pois o salário mínimo de lá é de 15 dólares por hora de trabalho.
Concurso: Prorrogadas as inscrições do 4º Concurso de Contos de Santo Ângelo até o dia 5 Dez. 2018. Promovido pela Secretaria da Cultura e da Educação, com o apoio da ASLE, aceita textos inéditos, temática livre. Aberto a escritores de qualquer nacionalidade e local de residência, nas categorias: Livre (qualquer idade) e Estudantil (- de 18 anos).
Os 30 contos selecionados serão publicados numa coletânea. Ainda, os três melhores, em ambas as categorias, serão premiados com 50 exemplares da obra (1º lugar) e 25 exemplares (2º e 3º lugares) e troféu. Regulamento disponível no link https://goo.gl/QvqhH1. Acesse e participe!
Patronesse: Do concurso acima, homenageia Lydia (Bastogi-Giannoni) Moschetti, italiana nascida em 14 Set. 1896 - *5 Ago. 82. Imigrou ao Brasil aos 17 anos, com a mãe e as irmãs. Em 1921, casou-se com o engenheiro Luiz Moschetti. Foi professora, cantora lírica, escritora e, quando a mulher ainda não exercia seu papel como cidadã, marcou o cenário histórico-social e cultural gaúcho, fundando a Academia Literária Feminina do RS. Ativista social a todo tipo de ação filantrópica, foi a criadora do Instituto Santa Luzia e do Hospital Banco de Olhos (1941 e 1956), ambos em Porto Alegre. Autora de cinco romances, quatro livros de poesia e alguns ensaios.
Humor: O peão, a mando do patrão, foi na venda para comprar dez metros de corda. Lá chegando, tomou um trago, mais um, mais outro, e se foi o dinheiro do patrão. Ao retorno, deitou o sono nas macegas, onde o patrão o encontrou:
- Acorda, peão! Acorda!
- Desculpe, patrão! A corda gastei no trago!