Local que foi palco de uma batalha em 17 de outubro de 1923, entre chimangos e maragatos. Lagoa da Mortandade - Revolta de 1923.
“Queremos leis que governem os homens e não homens que governem leis”.
Numa peleia de muitos, uns contra outros, conhecida como a batalha de Carajazinho, Maragatos e Chimangos, Tauras e Mauras, Irmãos contra Irmãos, lutavam entre si, com bandeiras do governo contra a elite dos estancieiros. Comandados por dois lideres, Honório Lemos (o Leão do Caverá) e General Flores da Cunha (Pica-pau).
Na época o governador era Antônio "Chimango", seu Ministro da Guerra, Marechal Setembrino, marca um encontro com Honório Lemos para tratar do inicio de um acordo de paz e por fim a revolta em Santo Ângelo. “Para os inimigos não se dá quartel” o General Flores da Cunha, negou-se a esse acordo indo ao encontro de Honório Lemos, o combate das duas tropas se deu de fato próximo a Lagoa do Chaine, (a família Chaine tinha um bolichão perto com parador e pouso e dava nome à localidade) que passou a ser conhecida como a, “LAGOA DA MORTANDADE”.
Suas águas turvas se fizeram rubro-negras, pelo calor e o sangue derramado, pelo tilintar de adagas ha ceifaram vidas. Não a nascente na lagoa, suas águas não correm, ela é mantida pelas águas da chuva, o que cai ali, sobre suas aguas é velado e guardado. Os corpos foram empurrados para dentro da lagoa, por um filho de uma escrava que por medo depositou todo o material bélico que por ali sobrará (contam historiadores que o mesmo escravo, juntou uma carroça com mosquetões, lanças, fuzis, espadas, e por medo ou proteção da família depositou o material e equipamentos dentro da Mortandade).
Aos poucos fatos históricos somam-se descrevendo o ocorrido, o General Flores da Cunha montou acampamento junto à casa do Sr. Orlando Gomes de Oliveira, morador de Eugênio de Castro na noite que antecedeu a batalha e este lhe emprestou a carreta pela qual foram transportadas as armas e mortos para as águas da lagoa Chaine.
E foi assim, e assim se deu o sucedido, como uma grande tropa, um rebanho de almas tomou como tumba a Lagoa da Mortandade. E até hoje, ao apagar o braseiro do sol, e a luz mais forte for reflexo das estrelas na lagoa, saltam os vigias, se ouve o toque dos clarins, e brados, grunhidos, gritos, berros, estilhaços de balaços, gemidos e urros de dor... Só o que resta a esses descarnados, em eterna peleia, uma luta infindável foi o que lhes sobrou. Por isso há quase um século se fala, “as águas da Mortandade não tem fim.
Versão: Site: Otávio Reichert
Vídeo: Vista aérea da Lagoa da Mortandade (Chaine)
Site: Roteiro Entre Lendas Missioneiras
Mais informações sobre a Revolta de 1923
Histórico de Hónorio Lemos.
Histórico de Flores da Cunha
Site: Lagoa da Mortandade - Lagoa do Chaine
Site: Lenda Lagoa da Mortandade - Lagoa do Chaine
Site: Coqueiro Tridente da Lagoa da Mortandade
Vídeo: Lagoa da Mortandade Eugênio de Castro
Vídeo: Um Coqueiro com três copas, Tridente da Lagoa de Eugênio de Castro nas Missões
Imagem: Lagoa da Mortandade (Chaine)
Imagem: CTG Ronda do Rio Grande e a Lagoa da Mortandade
Vídeo: CTG Ronda do Rio Grande Eugênio de Castro das Missões
Vídeo: Um Coqueiro com três copas, O Tridente da Lagoa de Eugênio de Castro das Missões