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30/12/2017 16:16


Otávio Reichert - INTEGRANDO 30/12/2017

A viagem: Entre 10 e 20 Dez. passado, viajamos de carro até o Rio de Janeiro. Eu, esposa e filho caçula. E perguntavam alguns amigos: por que não vai de avião ou de ônibus?
Porque prefiro assim, fazendo paradas, registrando fotos, e tomando chimarrão.  Ao primeiro dia fomos até a terra da maçã. Visitamos alguns primos. 11: de Fraiburgo até Canoinhas, onde nos despedimos da prima Méri Fritsch, acometida de melanoma axilar (câncer), e que viria a óbito dois dias depois.

Curitiba: Pousamos na linda capital paranaense. De lá a São Paulo, abastecendo aos menores preços de gasolina e álcool, R$ 3,75 e 2,75 respectivamente. Seguimos pela Rodovia Gov. Carvalho Pinto até Taubaté, com pedágios variando em R$ 3,00 a cada 50km, menores que os da Via Dutra, de R$ 14,40 cada.

Taubaté: Sem maiores congestionamentos, está localizada na região do Vale do Paraíba, a 130 km da capital paulista. Foi influenciada pelo ciclo do ouro, e durante o surto cafeeiro destacou-se como o município de maior produção naquele estado. Hoje supera trezentos mil habitantes, com muitos idosos. Como estes têm passagem gratuita nos ônibus, ficam aventurando. Pelas 10h assoberbam-nos em direção ao centro, para o almoço comunitário a R$ 1,00 p/pessoa. Isso fez que instituíssem cota máxima de três passagens/dia gratuitas.
Após dois pernoites na casa da irmã Cristina, seguimos viagem levando conosco a afilhada Rafaela (19 anos), com parada obrigatória no Santuário de Aparecida.

Copacabana: Quem desconhece imagina horrores, porém mesmo com saturação no trânsito e poluição, o Rio continua encantador.
O objetivo da nossa viagem? Um encontro dos formandos de Sargento de Saúde (1987), 30 anos portanto, concretizado em 16 Dez. Chegamos em Copacabana dois dias antes, com hospedagem a duas quadras da praia e do Palace Hotel, cedido pelo amigo irmão Irno Castoldi, que nos recebeu com sua costumeira fidalguia. Diga-se que ele é gaúcho de Soledade, mas lá constituiu linda família, e sendo sua amável esposa Valéria carioca da gema...
Praticamente inauguramos o apartamento que recentemente adquiriram. Embora já mobiliado, não residirem nele, e fizeram-nos a honra de saborear a sombra de uma grande amendoeira, a qual sobe além do 5º andar, mais a cobertura do prédio. Assim como a maioria dos imóveis adjacentes, este também foi tombado como Patrimônio Histórico, não podendo ser alterado, mas são isentos da taxa de IPTU.
Alguns leitores hão de imaginar o paraíso. Entre um e outro chimarrão, fiquei a contemplar o Mini Palace Hotel na esquina ao lado, este construído de véspera (há cem anos), para hospedagem aos construtores do hotel mais badalado do Brasil.
Disse a Valéria: Mesmo com a balbúrdia da feira semanal (R. Ronald de Carvalho) em todas as quintas-feiras, com agitos sonoros até altas horas, tudo vale a pena para morar em Copacabana, com praia e orla generosa (+ de 100m) e cenários deslumbrantes.
Construí castelos de areia com meu filho... Mesmo assim, dificilmente optaria em residir ali, opinião partilhada a quem valoriza sossego e calmaria.

Retorno: Até Taubaté, e de lá trouxemos também a irmã Cristina. Amanhecemos contornando a capital paulista. Desviamos caminho até Florianópolis. Mesmo sofrendo um “encostão” no parachoque traseiro da Spin, que nos foi indenizado, voltamos felizes. Chegar em casa é tudo de bom!  

Indulto de Natal: Sou favorável ao detento merecedor, servindo inclusive como preparação à vida civil. Porém, o dinheiro é que leva o judiciário a muitas “boas ações”.
Em São Paulo foram liberados 2.094 detentos do regime semiaberto (9h de 23 Dez.). Passarão também o Réveillon com os familiares. Tudo normal não fosse, dentre eles, 950 presos serem do Centro de Progressão Penitenciária de Porto Feliz, onde muitos milionários (da Lava Jato) foram liberados, e sem tornozeleiras eletrônicas pois, propositadamente, há insuficiência delas.
Até o presidente Temer foi conivente, assinando decreto, reduzindo o tempo de cumprimento das penas a condenados por crimes cometidos sem violência ou grave ameaça. Presos com menos de um quinto da pena a cumprir foram perdoados.

Humor: O caipira contando os andares do prédio de Copacabana, ao que o pivete meteu bronca:
- O senhor está contando quantos andares tem? Saiba que precisa pagar um real por andar... Quantos contou?
- Estava no 15º andar...
- Quinze reais! Quinze reais!
Meio assustado, puxou o dinheiro da gibeira e pagou, mas dizendo para si mesmo:
- Vou trampear o moleque! Tinha contado quase trinta andares. 

- E-mail: otavioreichert@gmail.com.
- Telefone: (55) 99118-2080

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