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09/01/2017 15:19


Obras renovam demanda por arqueólogo e paleontólogo

Especialistas em decifrar o passado, arqueólogos e paleontólogos vivenciaram mudanças recentes em seu mercado profissional. Antes basicamente restritas à área acadêmica, as duas atividades ganharam espaço com consultorias que prestam serviços de licenciamento ambiental.
Para realizar grandes obras no Brasil, como a usina de Belo Monte ou a construção de um oleoduto da Petrobras, é necessário contratar um paleontólogo e um arqueólogo para analisar a área e garantir que fósseis e relíquias não sejam destruídos.
A previsão desse tipo de serviço para a concessão de licenças para grandes obras existe desde a Constituição de 1988, mas só passou a ser mais aplicada nos anos 2000.
"A partir do momento em que se consolidou a necessidade de um levantamento arqueológico para o licenciamento ambiental, ocorreu uma corrida por arqueólogos e o mercado se deparou com a falta de profissionais", diz o professor José Luiz de Morais, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.
Isso fez com que muitos especialistas na área deixassem a academia em segundo plano e entrassem no mercado.
"É uma forma interessante de trabalhar. Hoje estou no Pará, na semana passada estava em Minas Gerais numa obra de uma rodovia e, antes, estava em Goiás. É muito mais dinâmico do que se eu fosse um professor em uma universidade", diz o paleontólogo Henrique Tomassi, 34, que há cinco anos deixou de dar aulas para atuar como consultor e cursa doutorado na Universidade de Brasília.
Com a crise econômica, porém, a busca pelos profissionais diminuiu, e as áreas agora buscam formas para retomar o bom momento.
DIFERENCIAÇÃO
Apesar de os profissionais das duas áreas atuarem muitas vezes próximos, eles analisam assuntos diferentes. O paleontólogo estuda fósseis, que são evidências de uma atividade biológica ou geológica com mais de 11 mil anos. Já o arqueólogo investiga vestígios da atividade humana, sem um período específico.
"Um trabalha com coisas de milhões de anos e outro com de milhares de anos. São áreas parecidas para o leigo, mas para o especialista são distintas", diz Luiz Carlos Borges Ribeiro, 55.
Professor de paleontologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, ele se apaixonou pela campo quando criança, ao ser levado por um tio para ver fósseis de dinossauros em Uberaba (MG) e hoje dirige um museu sobre o assunto na cidade.
Maiores informações Folha de São Paulo.

 

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