Tradições do Gaúcho - Conquistando o mundo - Árabes a americanos também estão aderindo às vestes gaúchas. Quem nos conta é Vânia Vargas (Confecções Darvami), conforme publicado em ZH de 9 Ago. 2021.
Recentemente, a empresa exportou novecentas indumentárias completas (masculina e feminina), sendo 400 aos EUA e 500 para os Emirados Árabes. Conforme Vânia, as peças serão utilizadas como uniforme em redes de churrascaria. Os árabes solicitaram que as vestes femininas ficassem menos justas, pois naquele país a rígida cultura impede roupas mais apertadas ou que exponham partes do corpo.
Churrasco - O sucesso desta iguaria culinária e seus diferentes modos de preparo, aliado ao jeito de ser do gaúcho, contribui também para o turismo no RS, pois incentiva os estrangeiros a conhecerem estas tradições na sua originalidade. Embora presente nos países vizinhos, o autêntico churrasco tem como pátria o solo gaúcho.
Palestras (Parte 1) - Uma das minhas palestras se intitula “O Gaúcho – das Origens”, abordando as vestes primitivas da indumentária gaúcha, e sua evolução, mostrando também as variações regionais no RS e países vizinhos (Foto do Museu Crioulo - Uruguaiana).
Mozo (Moço) Perdido e a China - Assim chamado o mameluco – nem branco nem índio - que tornou-se um gaudério, vagueando a esmo. Rejeitado nas tribos pela tez diferenciada, teve que “tapar as vergonhas” para achegar-se nas poucas fazendas do pampa. Suas vestes se resumiam a um ponche, feito com o couro da ema ao avesso, ou partes de couro animal. Surge então uma espécie de saia: o chiripá primitivo. Já a china, no vocabulário ancestral, era a filha da mulher índia com o homem branco. Vestia-se qual o mozo, campereando trabalho de forma nômade. Respeitosamente é, atualmente, a prenda, a esposa do gaúcho.
Chiripá - Pano retangular de tamanho maior, por vezes franjado para decoração. É considerado veste masculina, embora também usado por mulheres (Anita Garibaldi). Afirmam que o herói Sepé Tiaraju vestia chiripá avermelhado (tecido pintado com urucum - coloral culinário).
Bombacha - Deduz-se ser palavra espanhola. Das calças largas, originárias das arábias, chineses e outros povos, o sulino fez uso dela, estreitando-a na extremidade com tira de couro ou presilha para facilitar seu uso nas lides campeiras. E assim “bombachada” tornou-se identidade, apresilhada com botões no tornozelo. Há dois estilos de bombacha: a campeira, estilo uruguaia (mais estreita), e a social, com favos laterais, os quais foram acrescidos para embelezar esta veste.
Ceroula - Diz que o autêntico gaúcho não usa cueca. Palavra de origem árabe ou indiana “que cobre as coxas”. Confeccionada com tecido do algodão, o mais das vezes reaproveitando bolsas de açúcar ou farinha de trigo que vinham do nordeste ou da Europa. Em apresentações artísticas, peões vestem ceroula sob o chiripá. Argentinos e uruguaios batizaram-na de “calzoncillos”.
Pala e Poncho - Palavra indígena. Peça de vestuário retangular, raramente arredondada, comumente dotada de franjas e sem gola, com fenda central por onde passa a cabeça, sendo poiada pelos ombros. Mais usual na fronteira pampiana, para se proteger do vento minuano. Dela o gaúcho fazia uso em lutas de arma branca, enrolando-o no braço e fazendo-o de escudo.
Já o Poncho é geralmente confeccionado com lã de ovelha, mais grosso e impermeável à chuva. O poncho Baeta é o mais conhecido, de origem uruguaia, geralmente nas cor interna vermelha e preta por fora. Assim como a boina, também o poncho gaúcho foi adotado pelo Exército Brasileiro por sua praticidade.
Semana Farroupilha 2021– Se Deus quiser teremos atividades tradicionalistas no mês de setembro. Preparem sua indumentária e troquem as ferraduras dos cavalos. Ala pucha, tchê!
Humor – Por que tu ficas mexendo na bomba de chimarrão? - Para evitar a água parada, tchê!
Museu com peças das mais vairadas, aberto todos os dias.
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