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08/03/2018 15:23


Milonga Tertúlia no Céu vence o 9º Festincaça, em Bossoroca.

        A milonga intitulada TERTULIA NO CÉU representando Bossoroca, Ijuí e Santo Antonio das Missões, obteve o 1° lugar no 9° FESTINCAÇA - Festival de Músicas, que aconteceu no Balneário Santo Humberto localizado em Bossoroca junto à margem da estrada velha que liga São Luiz Gonzaga a São Borja.
A letra é  de autoria de João Antunes e Vasco Rodrigues e os arranjos musicais de autoria de Rogério de Santis Morais e Alisson Marchioro na interpretação de Alisson Marchioro e Rogério de Santis Morais com o acompanhamento de Tobias Machado Carvalho e Alexandre Martins que também subiram ao palco. O tema lançado na noite anterior foi OS GAITEIROS QUE SE FORAM. O evento sob a coordenação de Rodrigo Machado aconteceu nos dias 02, 03 e 04 de março.
OBRAS PREMIADAS no 9° FESTINCAÇA:
1° lugar: TERTÚLIA NO CÉU, de João Antunes/Vasco Rodrigues e Rogério de Santis Morais/Alisson Marchioro e interpretação de Alisson Marchioro e Rogério de Santis Morais. 2° lugar: O SILENCIAR DA CORDEONA, de Rodrigo Lopes com música e interpretação da Família Guedes, de São Luiz Gonzaga e o 3° lugar: SE O CÉU NOS DESSE UM PRESENTE, letra e interpretação de João Barros e música de Flávio Sartori.
A melhor letra foi EM UM PLANO SUPERIOR, de autoria de Agremom Teixeira. A música mais popular foi SAUDADE, de autoria e interpretação de João Paulo de Jesus.    

TERTÚLIA NO CÉU

Letra: João Antunes e Vasco Rodrigues.

Os gaiteiros são estrelas
De eterna claridade
Que na musicalidade
E de alma fandangueira,
Com a cordeona faceira
São talentos, expoentes,
Alegrando tanta gente
E prodigiosa sementeira.

Quando se vai um gaiteiro,
Do momento em que ele parte,
Se vai um pouco da arte,
Saudade se faz sentida
E uma dor, bem doída,
Na forma de um agulhão
Nos cutuca o coração
Que fica a pedir guarida.

Hoje muitos são lembrança:
O Honeide, o Adelar,
Feliciani, Ademar, 
Eurides e Tio Bilia,
Reduzino Malaquias,
O Gildo na velha estampa
E o Crioulo dos Pampas
Com a sua maestria.

Se foi o Pedro Raimundo,
O Vivaldo, o Agostinho,
Algacir e Moraezinho,
Nenê Guedes, Pedro Bica
E aqui no verso fica
Um preito de gratidão,
Derradeira saudação
Pra o Zequinha, de alma rica. 

Esta vida é uma escola
E cada dia aprendizado
E o remédio acertado
Na receita de valia
Eu penso todos os dias
Pra fraterna comunhão 
É a gente se dar as mãos,
Mais “gaitaço” e poesia!

Bendito seja os gaiteiros
Que nestes versos encerra
Valores da nossa terra
Em cada um que aqui viveu
Pra eles tiro o chapéu
No desejo que me resta
Que eles possam fazer festa
Numa tertúlia no céu. 
Facebook = João Carlos Oliveira Antunes
Bossoroca (55) 9999-42970 joaoantunes10@terra.com.br  Site: Enfermidades dos Índios Guaranis 
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