Otávio Reichert - INTEGRANDO 23/07/2016 - Notícias

22/07/2016 14:11

Otávio Reichert - INTEGRANDO 23/07/2016

Patrono: Tive a honra de sê-lo na IV Feira do Livro, realizada nos dias 19 e 20 de julho passado na Escola Estadual Antônio Sepp, em São Miguel das Missões. Parabenizo aquele educandário por mais esta iniciativa, frente às adversidades momentâneas.
O poeta miguelino José Dirceu Dutra participou como Autor Presente e convidado especial da escola. Destacado tradicionalista, criou bela pajada à moda Jaime Caetano Braun, de improviso. Seus poemas também foram apreciados pelos alunos.
O colega de farda e músico Patrício Maicá, convidado para a abertura da Feira, cantou sua galhardia, reverenciando seu pai Cenair Maicá, que residiu por mais de década naquela querência.
Minhas obras foram temas para teatro, paródias de poesias e criações artísticas. O livro As Minhocas inspirou-os a criarem minhocários e materiais recicláveis, como puff e vassoura com recorte de litrões. Serão eternos aprendizados aos alunos.
Houve um tempo em que as escolas interioranas, não urbanas e de pequenas cidades, eram julgadas como menos preparadas na formação do aluno. Julgo porém que, atualmente, por vezes se dá o inverso, pois que estes estudantes, até com menor renda familiar e condições escolares inferiores, superam as adversidades, incentivados pelos professores, e conquistam os mesmos espaços, até maiores, na comunidade trabalhista e em destacados cargos sociais.

Águas: No gancho, fui gentilmente convidado para conhecer o sítio do amigo poeta José Dirceu, onde almoçamos. Entre as muitas curiosidades do rico acervo cultural do seu sítio, próximo à cidade, está um centenário sistema (foto ao lado) de aproveitamento de água corrente. A torneira vertia constantemente no tanque mais alto, acima, destinada para beber. Estando cheio, passava ao segundo tanque onde lavavam as mãos. De lá, a mesma água, por vasão e gravidade, vinha por um ducto dentro da parede de concreto até o tanque de baixo, este destinado à lavagem dos pés. E antes de ser desprezada caía no tanque mais profundo (2º para cima), destinado ao banho. Era uma maneira racional de reaproveitamento.
Herança desde seu avô, agora adornada com flores, mantém estes tanques como relíquia e exemplo.
Também destaco um coxo enorme e inteiriço, o qual servia para o feitio do charque, este feito deixando a carne em salmoura por três dias. O coxo foi esculpido de uma tora de timbaúba, mais conhecida por timbaúva, árvore cuja madeira facilita seu falquejo. Este feitio do charque resultava em melhor qualidade, porém mais trabalhoso, se comparado ao charque secado em varais.

Lava-roupas: Atualmente vejo muitas donas de casa reaproveitando a água eliminada pela máquina de lavar roupa, armazenando-a no tanque ou vasilhas. Destaque-se que as máquinas mais modernas gastam bem mais água que as antigas. Esta dica é válida, pois esta água, contendo saponáceos, facilita a limpeza de calçadas, calçados, etc.

Leitura: Sabemos que a leitura faz viajar, nos torna criativos, nos atualiza. Cito um exemplo singular: nesta semana faleceu a octogenária senhora Maria Neli Rocha Porto, que viveu seus últimos 23 anos sem deambular, deitada em leito. Disse-me um familiar dela que, mesmo entrevada, mantinha boa conversa, pois que sempre atualizada. Era leitora assídua de jornais e noticiários, sendo um deles o “A Tribuna”, e nele se incluía Integrando. Descanse em paz!

Charge: Criada por alemão. A fala do menino se traduz assim: “Novamente sopa de leite? Vou fugir e só volto para casa quando tiver carne....”
Se bem que até o leite está com preços nas alturas.

Humor: O professor ao aluno, na prova oral:
- O que é uma fraude?
- É o que o senhor está fazendo, professor.
- Ora essa, explique-se!
- Segundo o Código Penal, comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar.