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17/08/2018 09:27


CTG Sinuelo das Missões, de Bossoroca, completa 51 anos, por João Antunes.

Dia 20 de setembro de 2018, o CTG SINUELO DAS MISSÕES, de Bossoroca completará 51 anos de existência.
Era o ano de 1967, quando aqui em Bossoroca, recém haviam instalado o governo municipal, não havia calçamento em nenhuma rua, quando haviam biles no Café Central, a caixa d’água era na praça, quando o motor para a iluminação pública e residencial localizava-se ali onde hoje é a Corsan e funcionava até às 10 da noite, quando o Mangueirão, que situava-se ali naquela área onde hoje está assentada a estátua de Noel Guarany, recebia milhares de gado para o transporte pela maria fumaça até Livramento, quando a Estação de Trem era um ponto atrativo e de aglutinação de pessoas, quando às vezes faziam serenatas nas noites de verão, quando os cata-ventos giravam soprados pelos ventos daqueles primeiros tempos nesta vilinha um grupo de pessoas tendo a visão tradicionalista mais apurada e mais consistente por parte de Manoel Vargas Loureiro, o Polaco Loureiro, e contando com um grupo de amigos e simpatizantes do tradicionalismo, se uniram e plantaram as bases deste CTG  que agora dia 20 de setembro completará o seu cinqüentenário. 50 anos ininterruptos de atividades semeando cultura e tradição na valorização dos nossos usos e costumes, motivo de orgulho para todos nós que amamos e vivenciamos a valorização do tradicionalismo. 
Então foi formada a comissão composta por: Alberi Daniel Lena do Nascimento, Luiz Carlos Marques e Manoel Vargas Loureiro.
Fundação deste CTG: 20-09-1967, no Salão do Café Central de propriedade do senhor Gentil onde hoje é a Casa do Roque Pelentir.
São fundadores:  Manoel Vargas Loureiro, João Candido Dutra, José Valença Beltrão, Alberi Lena do Nascimento, Luiz Carlos Marques, Brasileiro Rodrigues Dutra, Cloves Lena do Nascimento e Assis Jairo Barcelos Nascimento e Sostenio Tomich (sendo que este era mineiro e, por uns tempos, naquela época, veio residir em Bossoroca).
Sugestões dos nomes para este CTG acontecida no dia 07-10-1967, foram as seguintes: Farrapos, por Assis Jairo Barcelos Nascimento; Vigia dos Pampas por Sostenio Tomich; Vaqueanos das Missões, por Cloves Lena Nascimento; Galpão Crioulo por Manoel Vargas Loureiro. Mas a denominação de Sinuelo das Missões foi sugestão de Brasileiro Rodrigues Dutra (Deco Dutra), foi a que venceu e foi aprovada.
Vejamos que felicidade e que iluminação divina o Deco Dutra recebeu naquele dia através da sua brilhante sugestão para que este CTG fosse denominado de Sinuelo das Missões: pois Sinuelo nada mais é do que aquele que se junta aos outros com a finalidade de ser guia. E Missões vem de Mission, Missão, Reduccion, pueblo (povoado), aldeamento, doctrina. Então Sinuelo das Missões é esta fusão de uma doutrina, a doutrina tradicionalista, nas mãos e no coração de quem sabe se unir sendo guia e modelo para os outros que se perpetue esse conjunto e essa essência que o tradicionalismo tão vivo e vibrante em muitos lugares deste planeta.
A 1ª Patronagem, em 1967, foi composta pelo patrão Manoel Vargas Loureiro, José Valença Beltrão, Hermelino Cardinal Duarte, Cloves Moreira Nacimento, Egidio Andrade, Cloves Lena do Nascimento, Orestes Wesz, Brasileiro Rodrigues Dutra, Olavo Nascimento, Joaquim Cardinal de Oliveira, Luiz Carlos Marques, Virgilio Batista Nascimento, Helio Fabrício Vieira, Alberi Daniel Lena do Nascimento, João Pedro Furtado Fabrício e Omar de Souza Antunes. 
Nessa mesma ocasião foram escolhidos os Patrões de Honra, que foram: João Cândido Dutra, Leoveral de Souza Oliveira, Waldomiro José Dutra e Avelino Cardinal.
Em 17-09-1969, o Extrato do Estatuto publicado no Diário Oficial do RS.
Cloves Moreira do Nascimento ajudou na elaboração do Estatuto.
A primeira área adquirida, consta que o primeiro translado foi de uma área de 800 m2  03-05-1969. Diamantino Marques dos Santos. Cr$ 1.200,00 
1.043 m2 este terreno, foi de Vitel Aquino Duarte e sua esposa Irma. Cr$ 3.300,00 foi legalizada dia 20-02-1973.
Em 03-01-1989, o senhor Zezé do Amaral Dutra e sua esposa Maria Amélia F. Dutra doaram 385, 25 m2 ao CTG 
Para a criação da sede social, ou seja, do galpão redondo de tábua e capim, houve uma intensa movimentação e o meu amigo e confrade Afrânio Batista Marchi e também o meu amigo Cloves Moreira Nascimento me contaram que o seu  Cassemiro Kasienko e seu filho Luiz Kazienko foram os mentores do formato do primeiro prédio deste CTG e é verdade, pois eu bem me lembro e muitos de vocês também ,era em forma de um grande guarda-chuva com um esteio, um pião de sustentação no meio que após ser colocada toda a estrutura de madeira esse esteio foi aparado e retirado graças a habilidade dessa dupla de oleiros que era seu Cassemiro e seu filho Luiz. 
Muitos, na ocasião, duvidaram da proeza do seu Cassemiro e diziam que ao ser cortado e retirado o esteio mestre a estrutura inteira viria abaixo e cairia toda a pesada coberta de capim e enorme quantidade de madeira o que nunca aconteceu graças a engenharia dessa dupla de pessoas de sangue polonês. 
Sabe-se que quase toda a madeira foi doada por Waldomiro José Dutra – Maragato.
Que o capim veio lá do solo santiaguense e foi transportado por Leopoldo Ristow. 
As enormes tronqueiras que compunham a cerca na frente vieram lá da antiga propriedade que pertencera ao pai do saudoso Zilico.
O primeiro baile foi animado pelo famoso grupo musical Os Haraganos.
A primeira prenda foi Ester Bica, a Ester que popularmente a chamamos de “Telinha”. 
Muitos registros e passagens importantes foram perdidas, criou-se um hiato, uma lacuna com o sumiço do primeiro Livro de Atas que até então não se sabe onde ele está.
Mas sabe-se que muitas pessoas, durante longos anos, se doaram em prol desta entidade, que no dia 20 de setembro de 2017, completará seus 50 anos de existência. 
Quanto trabalho, quanto carinho, quanta dedicação, quantas doações, quanto trabalho, quanto amor marcam a história desta entidade onde a gente não enxerga, mas a gente sente o quanto isto é verdadeiro e palpitante. 
Quantas pessoas, anos e anos a fio, queimaram os seus dedos assando, cozinhando, outros carneando e assim se vai, tudo por amor a esta causa tão bonita e tão marcante do tradicionalismo que valoriza nossos usos e costume e a cultura gaúcha.
Este Centro de Tradições Gaúchas neste meio século de existência foi palco de inúmeros eventos: bailes, festas, casamentos, festivais, torneios, encontros internacionais de folclore, eventos de toda a ordem que levaríamos vários dias se descrevêssemos, nas minúcias, o que este recinto e este pedacinho de chão guardam nos anais da história e na nossa memória.
Este CTG também inclusive nas horas de dor e saudade funcionou com capela mortuária quando aqui houve o último adeus de entes queridos que fizeram parte do quadro social desta entidade.
Foi um rol de acontecimentos dessa gente e desta casa de tradição que tanto nos orgulha, nos emociona e nos faz parte da história dos bossoroquense e daqueles que adotaram Bossoroca.
Na patronagem de Nercy Rodrigues Dutra houve o 1º Rodeio Crioulo que aconteceu lá na sede Casa Branca, que hoje pertence à sucessão da dona Vivaldina Cardinal Oliveira a dona Vica, hoje com 98 anos e mãe do ex-deputado federal Carlos Cardinal.
Em 30-12-1978, Aparício Bitencourt de Souza apresentou a primeira sugestão para que o prédio fosse demolido e feita a nova sede.
Em 04-06-1979, Jorge Fialho apresentou a sugestão para a criação da Galeria dos Patrões. 
Em 04-06-1979, Afrânio Marchi sugeriu a criação e atividades do Departamento Mirim da entidade.
Registro com satisfação que em 26-12-1980, eu me tornei sócio deste CTG e lá se vão quase 37 anos.
A mesa de madeira, mesa antiga e histórica, que tem na cozinha onde o pessoal corta carne, ela foi doada por Inácio Isa Souza Nascimento em 05-09-1982.
Em 12-04-1981, foi cedido o CTG para o Grupo Raízes, que foi o 1º Grupo Nativista de Bossoroca, onde a formação desse grupo era feito por Jairo Velloso, Gaúcho Pereira, Valdenir Manganelli (Alemão da Corsan) e João Romeu da Rosa).
Em 02-05-1981, a Assembléia mostrou-se favorável à construção do novo prédio. E a construção deste prédio, com a fisionomia atual, deve-se muito ao espírito empreendedor e timoneiro do Jairo Velloso e sua patronagem no desafio de demolir o prédio antigo e empreender na construção da nova sede. 
O Jairo que tornou-se patrão pela primeira vez em 03-08-1982. Mas somente em 25-04-1983, então foi feita a proposta e aprovada por unanimidade a construção do novo prédio do CTG ao preço de R$ 15.000.000,00 naquela época. Foi uma decisão histórica, uma atitude corajosa e eu lembro-me muito bem aqui estavam presentes o patrão Jairo Velloso, Emo Borges, Homero Antunes e seu filho Cloves Antunes,  Getulio Aquino, João Oliveira (o seu João da Luz), Lourival Pereira de Brum, João Antunes, também os irmãos Aparício e Hélio Bitencourt de Souza, Cleuri Gomes da Silva, Pedro Raimundo Dutra Amaral (o Xicuta) e José Leal Sattes. 
Em 02-10-1983, foi feito uma Carreira Beneficente.
Em 29-12-1983, foi tratado sobre o 1º Baile da Prenda Jovem.
Em 25-06-1984, foi arquitetada a 1ª Semana do Folclore, que aconteceu a partir de 17-08-1984.
Em 18-07-1985, foi autorizada a construção desta Pista de Danças.
Em 1º-08-1985, o Dinar Tadeu Dutra Amaral (Tobias), chefiou o Departamento de Danças.
Durante muitos anos o Antonio Bezerra vem fazendo isto até os dias atuais.
Em 13-04-1988, foi construída a churrasqueira.
Em 18-12-1989, foi contratada a construção da Cancha de Bochas quando era patrão Porfírio Terra de Oliveira. O construtor foi Dilon Velasque Antunes, que tornou-se sócio benemérito. A Cancha de Bochas foi inaugurada em 28-06-1990.
Em 1997, partiu do Patrão Jairo Velloso a idéia da Biblioteca do CTG. 
Na patronagem quando foi patrão Marco Antonio Guerra foi realizado o festival intitulado 1º Sinuelo da Canção.
Foram ecônomos, por exemplo, pessoas como: OtoMoreira Nascimento, Helio Bitencourt de Souza, Anselmo Ferreira, Inácio Nascimento Nogueira, Alaor de Souza Dutra, Cleuri de Souza Dutra, Manoel Luiz Nascimento Nogueira, Vicente Carnelosso, João Luiz Moreira Ribeiro, Estevan Neder, Jaime Sanábria. 
Vários grupos musicais abrilhantaram bailes aqui, por exemplo: Os Haraganos, José Mendes, Os Caranchos, Os Quatro Ventos, Ademar Silva, Os Bertussi, também Adelar Bertussi, Os Monarcas, João Luiz Correia, Régis Marques e Grupo Rodeio, Os Peixotos, Os 4 Gaudérios, entre outros. 
Foram patrões de honra: João Dutra, Leoveral Oliveira, Waldomio José Dutra, Avelino Cardinal, Zezé Dutra, Albino Antunes (seu Albinão), Irineu da Silva Silva Cardinal, Emo Dutra Borges, Lourival Pereira de Brum, Dinorá Rodrigues Dutra (a dona Nana), Inácio Isa Nascimento, Homero Antunes, Brasieleiro Rodrigues Dutra (Deco Dutra), Luiz Olívio Terra Espíndola, Armando Andres, Dorival Espíndola Marques, Luiz Carlos Rodrigues Dutra, Luiz Antonio Vieira, 
São patrões de honra: Orestes Wesz, Moisés de Sousa Antunes, Cloves de Souza  Antunes, Anselmo Antonio Boligon.
Foram patrões: Manoel Vargas Loureiro 20-09-1967, Orestes Lazarin Andrés Wesz, Nercy Rodrigues Dutra 13-09-1976, Luiz Carlos Rodrigues Dutra 29-07-1978, Jairo Plautz Velloso 03-08-1982 e 28-09-1997, Walter Rodrigues Borges 03-08-1984, Porfírio Terra de Oliveira 27-06-1985, Orides dos Santos Costa 06-08-1988, Luiz Olívio Terra Espíndola 20-10-1990, Rui Pereira Bica 13-10-1991 e 20-10-1994, Domingos Terra de Oliveira 09-10-1992, João Lemos de Aquino 26-09-1995 e 04-10-2001, Valdir de Souza Miranda 02-10-1999, Marco Antonio Guerra 18-10-2003, Dilvar dos Santos Marques 04-11-2009, Fernando Ávila Machado de 28-10-2011 a 02-11-2015, Rubens Bertazzo 07-10-2007 a 04-11-2009 e 03-11-2015 até os diais atuais. 
O CTG Sinuelo das Missões, ao longo desses 50 anos, teve destacadas invernadas ligadas às tertulhas, parte artística, campeira, churrasco, copa, cozinha, esportes, cultural onde pessoas, incansavelmente, trabalharam e marcaram época por puro amor à causa tradicionalista. Quantas premiações e destaques de pessoas deste CTG tiveram nas tantas integrações engrandecendo o nome e a honra desta entidade tradicionalista inclusive fora do Brasil. 
Site: João Antunes poeta, historiador e compositor 
Facebook = João Carlos Oliveira Antunes
Bossoroca (55) 9999-42970 joaoantunes10@terra.com.br 
Fotos da Cruz e do Obelisco erguidos no local da Batalha de Caiboaté em São Gabriel, onde todos os anos, em fevereiro, povos de diversas tribos Guarani se reúnem para homenagear seus antepassados.
Site: Oratório dos Guerreiros Missioneiros 
Vídeo: Batalha de 7 e 10 de Fev Morte de Sepé 

Notícia: 5ª Edição do Encontro Sul-Americano de Folclore 
Notícia: A Invernada artística do CTG Sinuelo das Missões representou Bossoroca em Posadas 
Notícia: Curiosidades Históricas da Bossoroca João Antunes 
Notícia: 5ª Edição do Encontro Sul-Americano de Folclore 
Agenda: Palestra CTG Sinuelo das Missões

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