Renovação da Concessão das Ferrovias está em Discussão na Assembleia/RS

          A Rumo ALL é a responsável pelas linhas de trem até 2027 e esta pedindo a renovação do contrato em 2017 até 2047, por mais 30 anos com 10 anos de antecedência do término do contrato em vigor. Em audiência a Assembleia se mobiliza para chamar a atenção ao assunto. Vídeo; Assembléia/RS debate Concessão das Ferrovias 
          Em audiência pública da Comissão de EDST, na manhã desta quarta-feira (28), os deputados ouvem especialistas para se posicionarem a respeito do caus que se encontra a malha ferroviária do Rio Grande do Sul. O Dep Edu Olivera (PSD).
 _Encontra-se abandonada, gerando prejuízos bilionários para o Estado, que, diante do desinteresse evidenciado pela empresa em investir de fato no Rio Grande do Sul, trabalharia incessantemente pela não renovação do contrato. “Não interessa a manutenção dessa concessão na prática não temos nada”.
          Falando por videoconferência, o Procurador da República Osmar Veronese disse: 
_Há 20 anos se discute o tema e classificou como “tragédia” o que aconteceu com a malha ferroviária. A Rumo ALL não tem interesse no serviço de malha fina, embora diga que o tem e que é com muita tristeza que vê um patrimônio de 100 anos transformar-se em lixo. A renovação do contrato com a empresa seria um crime.
          A gerente de Relações Institucionais da Rumo ALL, Giana Custódio, observou;
_Não houve uma “privatização” da malha rodoviária, mas uma “concessão”, e que, além do bônus por isso, a empresa recebeu o ônus.
 “Temos um passivo de 18 anos e há dois tentamos priorizar e direcionar o recurso para que atenda toda a malha”, disse. Segundo ela, a empresa hoje trabalha na renovação da malha paulista, mas “existe sim um interesse na renovação da malha Sul”. 
          O diretor-geral da Secretaria Estadual dos Transportes, Ivan Bertuol;
“Tudo foi debatido e apresentado à Rumo ALL, o governador entregou o documento ao presidente da empresa, que nem respondeu”, disse. “Nunca houve o interesse da Rumo ALL”, acrescentou.
          O professor de Logística Paulo Menzel questionou o rumo do debate. Disse que, nos últimos 100 anos, o mundo havia mudado bastante, que era preciso pensar em logística e que as ferrovias eram apenas parte dessa logística. No RS, segundo ele, os modais competem entre si, em vez de serem complementares. “Quanto custa para cada cidadão não termos um sistema logístico adequado”, perguntou. 
Também os deputados Lucas Redecker (PSDB), Zilá Breitenbach (PSDB), Juliano Roso (PCdoB), Classmann Aloísio (PTB), Valdeci Oliveira (PT) apresentaram suas considerações. Sobre a renovação da concessão por mais 30 anos. 
Roso _Lamentou o abandono das ferrovias e disse que o que houve foi uma “privatização criminosa” e propôs uma moção de repúdio à renovação dos contratos.
Redecker  _disse que se estava pagando a conta de más decisões do passado e pediu que se aguardasse o fim do debate antes da proposição de encaminhamentos.
Classmann _Manifestou desconfiança dizendo que “cheirava à corrupção”. 
Oliveira _referiu os debates já realizados sobre a Ferrovia Norte-Sul e sugeriu a realização de uma audiência pública complementar sobre esse tema. 
 Zilá, _disse que sua meta agora era obter do Ministério dos Transportes a inclusão do RS na concessão da ferrovia.
Participaram da audiência também:
Sindicato dos Ferroviários no Rio Grande do Sul (Sindifergs), 
Agência de Desenvolvimento de Uruguaiana 
Famurs 
JLD Consultoria.
Fonte: Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo

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