Recentemente assisti a um vídeo onde o conferencista foi o professor Paulo Vicente dos Santos Alves, da Fundação Dom Cabral e fiz meu juízo destes assuntos onde, ao meu modo, relato que em virtude da velocidade com que as novas tecnologias estão avançando far-se-á necessário que as pessoas, de um modo geral, encontrem os meios para evoluir e inovar de modo a não ficarem selecionadas negativamente. Vivemos num mundo frenético de contínua mutação onde pessoas e instituições precisam manter sistemas de laços, ficar unidas, alongadas, integradas e flexíveis servindo-se da tecnologia e investindo em capital intelectual.
A corrida colonial já chegou à África, Nova Zelândia e América do Sul.
A questão do Mercosul ainda hoje, na prática, é uma utopia, pois este bloco para ser forte precisa, no meu entender, de uma saída para o Oceano Pacífico onde pudéssemos industrializar alimentos e outros produtos e vendê-los aos países chamados “Tigres Asiáticos”. Então isto só se viabilizará, de fato e de direito, e eu duvido, se o Chile fizesse parte em definitivo do Mercosul.
Surgirão novas potências através de Blocos. A Europa estará mais unida e fortificada, haverá a “latinização” dos Estados Unidos, a China e a Índia terão colônias na África. E o Brasil que é um país de uma enorme miscigenação e nesta herança cultural herdada dos portugueses não gosta de promover conflitos nem guerras contra outros povos, provavelmente encontrará no “cunhadismo” (ao invés de brigar você casa com a irmã do cunhado) como mostrou a política expansionista de Portugal no passado e, no Brasil, em termos práticos, isto já está acontecendo, por exemplo, com os gaúchos que cruzaram as fronteiras do Rio Grande do Sul e se disseminaram por vários Estados brasileiros, estão no Paraguai e na Bolívia plantando à terra e fazendo miscigenação. Neste sentido há ainda uma fronteira aberta rumo ao Peru.
Dentro em breve vai haver mais derretimento das geleiras e escassear a água e se tiver menos água, haverá menos comidas e mais inflação; crises de aposentadorias, Estados ineficientes, mudanças das matrizes energéticas, terrorismo e conflito cultural. Surgirão medidas desesperadas, novas tecnologias e então, de novo, será preciso adaptação e posicionamento positivo, mas dentro deste contexto haverá esgotamento, crise e depois recuperação.
As pessoas cobrarão dos governos mais inserção social, mais saúde, mais educação, mais segurança e que os partidos e governantes tenham coerência entre discurso e projeto.
O ser humano, nos próximos anos, buscará a longevidade e vida mais saudável.
Os Estados Unidos da América trarão de volta o berço da sua indústria.
A revolução tecnologia vai ser cada vez mais acentuada nestes países: EUA, Alemanha, Japão e Coréia do Sul.
A Volkswagen já apresentou novos projetos automobilísticos onde já está tirando os pilotos dos carros e com isto empregos serão destruídos.
O Brasil ainda não entendeu a necessidade de um grande avanço tecnológico, pois aqui ainda há uma grande dificuldade de cérebros, cientistas e engenheiros.
A robotização vai tirar pilotos de aviões e tanques de guerra. A construção civil está aderindo cada vez mais à robotização que tem mais força motora dentre outras vantagens e assim a inteligência artificial nas tarefas repetitivas, mais simples e mais perigosas vai absorvendo a mão humana e isto também gera a destruição criativa de empregos. Por outro lado as pessoas passarão a lidar com pessoas, resolução de problemas, arte, marketing e precisarão estar mais preparadas. Mas para a mão de obra humana ser mais qualificada é preciso um largo investimento em qualificação, em educação e, então, será preciso reformar a educação. O mundo virtual que não estará preso ao circulo solar diário será mais acentuado e evidente e, em muitos casos, os alunos estarão mais preparados que os professores e estes terão seus empregos destruídos. A robotização vai nos forçar a nos reinventarmos.
Novas fontes de energia em especial as de baixo carbono e as chamadas limpas ocuparão os lugares das energias fósseis.
Teremos satélites sofisticados, excelentes máquinas e salas virtuais, energia eólica, solar e biomassa.
Num horizonte não muito longe, provavelmente, teremos meios de transportes de materiais por longas distâncias aéreas quem sabe até interplanetárias talvez por ondas ainda desconhecidas.
Um 1979 eu falei que iríamos ter telefone sem fio (os celulares de hoje) e riram de mim. Há tempos venho dizendo que teremos minúsculos chips no corpo com capacidades enormes de armazenamentos de dados.
Aqui também serão impostas mudanças na estratégia energética brasileira.
Haverá um novo ciclo da vida humana em termos de permanência neste orbe terráqueo onde os nossos dias de vida serão torno dos 120 anos. E será preciso investimentos e qualidade para a pessoa ser mais forte, ter mais vitalidade, ser mais inteligente, mais saudável para chegar nessa marca da idade.
Sobre a competência do futuro as pessoas precisarão saber lidar com equipes, culturas diversas, gestão e direção, ter controle emocional, cuidados para com a saúde e o bem estar físico-mental. Sobreviver se adaptando, pois o mundo está em mutação e destruição criativa (inovação como mutação e adaptação) onde quem não estiver preparado vai ser selecionado negativamente.
Será preciso o fortalecimento da educação, novas tecnologias para novas demandas de mercado e a própria robotização e em face às tantas mudanças que hão de vir as pessoas que se anteciparem, as criativas, as que saírem da zona de conforto, as que souberem se imaginar e se reinventar e quem for à frente dos processos e entender da distribuição de informação (saber o que fazer com a informação e tirar proveito do que for relevante dela), os que souberem usufruir de uma educação libertadora que faz a pessoa pensar, os que tiverem atitude, capacidade para liderar e forem visionários dentro do capital intelectual se darão bem doravante entendendo que é preciso mudar, se adaptar e se reinventar.
Escritor João Antunes, poeta, compositor e historiador de Bossoroca.
João Antunes (55) 9999-42970 joaoantunes@barracamissoes.com.br
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