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01/06/2018 18:36


Os Guaranis Carregaram Seus Mortos da Batalha de Caiboaté

No 2º Período Jesuítico no Brasil, que corresponde aos Sete Povos das Missões, onde ocorreu a Guerra Guaranitica, temos de nos reportar ao inicio, enquanto ocorria o processo de evangelização, os rituais indígenas influenciaram e foram muito influenciados pela educação, religiosidade e miscigenação. 
Cada etnia dentro dos Guaranis tinha suas particularidades de enterrar seus mortos, uns construíam grandes jarros de barro, enterravam com o morto dentro e uma série de objetos e rituais, outros faziam sepulturas de pedras itacuru pequenas, sedimentadas com barro na borda da terra criando verdadeiras crostas que conservam os corpos, até hoje e assim podemos citar os mais diversos exemplos que não diferenciam muito um do outro.
O assunto vem à tona por ouvirmos membros da comunidade missioneira, descendentes dos índios que habitavam a reduções e participaram da batalha de Caiboaté em São Gabriel (Vídeo).
A tristeza que as Ruínas fazem lembrar aos Guaranis é que viviam numa zona de fartura e segurança. Esta segurança firmada por uma nova cultura o estabelecia na terra, terra esta dada para sua proteção e cultivo por Deus.
Está Terra Tem Dono, “Co yvy oguereco yara” celebre frase de Sepé Tiarajú, considerado por seus descendentes uma divindade exprimia um poder de lutar e lutar por aquilo que me foi dado por Deus.
Hoje não há documentais, mas sim relatos que passaram de pai para filho como todas as nossas tradições, é possível através destes concluir, que muitos dos lideres e heróis foram trazidos para serem sepultados no único lugar reconhecido como sagrado, o cemitérios nas Ruínas de São Miguel. Como podemos conferir por exemplo na capela que deu origem ao Cemitério do Itaroquem em Santo Antônio das Missões.
Itaroquem em Guarani é ITACURU: realidade, estado de estar em tal condição para sempre como pedra, + PAEM: tudo. Estar ali para sempre.
“Se” a catedral era a casa de Deus;
Deus mora no céu;
Quem fosse enterrado nas Reduções estaria para todo o “Itaroquem”  mais perto de Deus.
Por acreditar, seguindo relatos dos descentes, o único lugar seguro para tratar dos feridos e enterrar os caciques e heróis mortos que possuía um Hospital ou Cotyguazú como os guaranis chamavam e cemitério era retornar as Reduções Jesuíticas de Pedras, São Miguel era a redução mais fortificada, com o maior Cotyguazú.
Sepé para os Guarani é considerado uma divindade, um anjo como o Arcanjo São Miguel, invocado em rezas e benzimentos nas cerimonias que cercam a Tava, Museu e Benzedoras que auxiliam as comunidades por toda a Região das Missões. Certamente Sepé, os caciques e principais guerreiros foram carregados junto aos feridos no retorno as reduções.
Também segundo relatos a reduções trazem lembranças de dor, são para os Guarani uma lembrança de perda e sofrimento pelo trabalho sobre humano que acreditavam estar construindo um mundo perto de Deus como podemos ver no documentário “Duas Tribos um Caminho” (Vídeo).
Site: Morte dos Caciques Sepé Tiaraju, Nicolau Ñanguirú e 1511 indios
Rituais de morte e passagem sociedades indigenas

Site: Cotyguazú, Hospital, Azilo e Albergue para as Indias Guarani,
Site: Oratório dos Guerreiros Missioneiros
Vídeo: Como Eram as Missões antes da Guerra Guaranítica
Notícia: A Batalha de Caiboaté por João Antunes
Site: Tatarandê Comunicação Entre Reduções 
Site: Lenda M'Bororé 
Site: Gravataí a mais longínqua Redução

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